Hélio dos Anjos, novo técnico do Figueirense, será apresentado hoje. Com passagens por clubes como São Caetano, Goiás e Atlético-GO, o treinador chega ao clube em um momento conturbado, com brigas da diretoria e uma série de derrotas.

Continua depois da publicidade

Ao DC Esportes, Hélio dos Anjos falou sobre os trabalho que terá à frente do alvinegro:

Diário Catarinense – O Figueirense está sendo cobrado por resultados. Como foi a negociação e quais as perspectivas como técnico, ao assumir o clube?

Hélio dos Anjos – A negociação foi definida ontem, mas já estava acontecendo há alguns dias. Hoje (ontem) eu tive uma conversa definitiva com o Marcos Moura Teixeira. Foi uma conversa mais prolongada porque não adianta haver uma proposta salarial, sem você conduzir um bom contrato de trabalho. E é preciso saber o que está acontecendo, como está o clube, as situações, a questão dos jogadores. Isso é muito importante pra mim. Medo nenhum do momento do Figueirense. Medo nenhum. Minha vida foi em cima desse tipo de situação. Foi assim em 2008 quando eu era treinador da seleção da Arábia, quando vim para o Goiás. O clube estava em 19º no campeonato , terminamos em 8º lugar na tabela. No último ano peguei o Atlético-GO em 17º na tabela, terminamos também muito bem. Não tenho qualquer temor. Estou muito convicto e consciente de que teremos trabalho. Mas não temo. Acredito na postura do clube.

DC – Como o senhor enxerga o Figueirense atualmente?

Continua depois da publicidade

Hélio dos Anjos – O Figueirense é um clube top. As pretensões do clube nós acompanhamos de longe. É um clube que tem o seu norte, sempre teve uma referência. Tudo isso para mim é um privilégio. Eu tenho muito a oferecer para o Figueirense, bem como o Figueirense está me oferecendo a oportunidade. Acho que a entidade está acima de qualquer coisa. Eu fui contratado pelo Figueirense. O contato foi uma pessoa física, mas quem me contrata é a entidade. Por isso, a responsabilidade é imensa.

DC – Como deve ser a sua postura tática? Como pretende arrumar a equipe em campo?

Hélio dos Anjos – Eu concordo com uma estrutura tática que dê resultados. Não posso falar que meu time vai ser mais defensivo ou ofensivo, precisamos de uma equipe equilibrada. Não vou discutir o que o Branco fez, ou o que o Argel estava fazendo. Eu quero uma equipe que tenha equilíbrio, que tenha alegria de jogar. Acho que a estrutura tática será montada de acordo com o que eu tiver em mãos. Em uma competição, é possível se recuperar de maneira ofensiva ou defensiva, as duas situações podem acontecer.

DC – Dos atuais nomes do Figueirense, existe algum que chame mais atenção?

Hélio dos Anjos – Tem jogadores que tem muito potencial. O Ronny tem muito potencial, está procurando se firmar. Existe o Caio, que é um bom jogador. A vinda do Loco Abreu encorpou o clube, o Julio Cesar fez um campeonato sensacional ano passado… Agora, sempre fui fã de carteirinha do Túlio _ porque já foi meu jogador, e praticamente começou a carreira comigo, porque começou no Goiás em 1995 e eu era o treinador dele. Ele é uma grande referência como profissional. É um atleta diferenciado. Nos grandes títulos que conquistei no Goiás ele foi fundamental.

DC – O Figueirense enfrenta um problema com o departamento médico e do condicionamento físico. O que o senhor fará a respeito?

Continua depois da publicidade

Hélio dos Anjos – A princípio, estou indo com dois profissionais meus. Dois assistentes. Trabalho com o Marcelo (Rocha), que foi meu ex-jogador e com o Guilherme, meu filho. Para a parte física, nesse momento é importante dar continuidade ao que está acontecendo. Acho que não vale a pena mexer mais uma vez.

DC – A torcida tem discutido nas redes sociais a respeito das divergências da diretoria. Qual o seu posicionamento a respeito?

Hélio dos Anjos – Eu sou contratado pela entidade. A partir de amanhã (hoje), quando eu me apresentar no Figueirense meu compromisso é com o clube. Sou um profissional do Figueirense. Não tenho vínculo com nenhum grupo. Não tive oportunidade de ter qualquer contato com Eduardo Uram. Quanto ao outro grupo, a Alliance, não tive oportunidade de conversar com qualquer pessoa deste grupo. Tenho que cumprir minhas obrigações relacionadas ao Figueirense, apenas.

DC – O Figueirense enfrenta o Internacional amanhã. É um clube que passa por uma boa fase. Como o Figueirense deve entrar em campo?

Continua depois da publicidade

Hélio dos Anjos – Será um jogo difícil, como será contra qualquer outra equipe. Agora, a qualidade do Inter é incontestável. Nós temos que fazer prevalecer o nosso mando de campo. Temos que criar um clima de que jogar dentro do nosso campo será complicado para qualquer adversário. A única coisa que eu posso dizer é que se o Inter tem necessidade de resultado, o Figueirense tem a mesma necessidade e nós vamos trabalhar para conquistar nossos três pontos. Temos sempre que sonhar que vamos ganhar o próximo jogo, mas vamos trabalhar para que isso se torne realidade.