Modelo educacional conhecido por poucos, a universidade corporativa é um formato recente que, apesar de ter sua origem datada de meados dos anos 1950, só começou a se destacar no final dos anos 1980. Esse modelo de educação ainda desperta muitas dúvidas. Afinal, para que serve a universidade corporativa? Ela serve como um curso superior? Substitui a educação padrão?

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No final da década de 1980, as empresas norte-americanas notaram que depender da formação das instituições de ensino comuns não supria a necessidade de qualificação do corpo de funcionários. Foi então que o modelo de ensino dentro da corporação ganhou destaque. A universidade corporativa possibilita que a organização tenha mais controle sobre os processos de aprendizado, possibilitando que metas e resultados estratégicos da empresa estejam alinhados aos programas e conteúdos trabalhados. Em suma, a universidade corporativa é uma forma melhor elaborada dos centros de treinamento e desenvolvimento das empresas.

As universidades corporativas apresentam estrutura minimalista e os instrutores e professores costumam advir de dentro da própria empresa, dos fornecedores e também das universidades padrão parceiras e empresas de consultoria. Na maior parte dos casos, o CEO desempenha também o papel de reitor da universidade e define a missão e os principais objetivos da instituição, além de também ser responsável por impor a cultura da organização nas aulas magnas ou em ocasiões excepcionais, como encerramentos de cursos. É importante também dizer que as universidades corporativas não substituem ou competem com as universidades tradicionais. Elas atuam em seu ramo específico e são voltadas para a capacitação dos colaboradores da empresa em questão.

Geralmente, essas entidades contam com parcerias com disso, apesar de ter o nome de “universidade”, essas universidades corporativas não oferecem cursos de graduação como bacharelados. Geralmente, são cursos de 30 a 100 horas de duração, ao final dos quais o colaborador recebe um certificado. No Brasil, existem diversas universidades corporativas reconhecidas pelo MEC, como é o exemplo da Universidade Petrobras, da UniBB (Banco do Brasil), entre outras.

Em um mercado corporativo cada vez mais competitivo, oferecer a qualificação para o próprio corpo de colaboradores pode significar estar um passo à frente da concorrência e ter taxas de retenção superiores. A empresa que opta por investir num modelo como esse tem a possibilidade de alinhar o conhecimento técnico de seus funcionários adquirido na academia comum às suas necessidades e objetivos mercadológicos. Além de possibilitar resultados mais satisfatórios para a própria empresa, o corpo de funcionários se vê mais motivado e valorizado, resultando num trabalho colaborativo melhor elaborado e mais profundo.

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