Em meio a onda de atentados a ônibus em Santa Catarina, a secretária-adjunta de Justiça e Cidadania, Maria Elisa Silveira de Caro, pediu demissão. Número dois na hierarquia da pasta, Maria Elisa é a terceira a deixar o cargo. Ela garante que sua saída não tem relação com os atentados e que sempre teve boa relação com a titular da secretaria, Ada de Luca (PMDB).
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Diário Catarinense – Qual o motivo da sua saída?
Maria Elisa Silveira de Caro – Quero deixar bem claro que eu pedi para sair em setembro, mas a secretária pediu que eu ficasse até o final do ano e eu gentilmente fiquei porque eu vi que precisava. E agora no começo do ano o combinado era que eu sairia.
DC – Mas quando a senhora pediu para sair em setembro, qual foi o motivo da sua saída?
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Maria Elisa – Era uma questão pessoal. Eu tenho alguns outros projetos e havia combinado que sairia no final do ano. Mas como em janeiro ela tirou férias, eu fiquei pra ela poder sair. Então agora já era mais que tempo.
DC – A sua saída então não tem relação com os atentados?
Maria Elisa – Não, nada a ver. Até porque a minha área, pra quem acompanhou a minha trajetória, sempre foi na questão de ressocialização, educação. Então eu não tenho nenhuma ligação direta com as outras questões.
DC – A senhora sofreu alguma ameaça no período que ficou no cargo?
Maria Elisa – Não. Jamais, em nenhum momento. Tanto é que eu tenho a minha vida completamente normal.
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DC – A senhora é a terceira que sai do cargo. Na sua opinião, por que há rotatividade?
Maria Elisa – Nos três casos, acredite você, cada uma das pessoas que passou por ali tinha outros objetivos, questões pessoais que levaram a saída. Nada com a pasta.
DC – Como é o temperamento da secretária Ada?
Maria Elisa – Comigo ela foi sempre uma pessoa muito educada, muito bacana. Eu me dava bem com a secretária Ada e te digo com a maior sinceridade. Ela sempre foi extremamente gentil comigo, sempre me deu chance de realizar o meu trabalho. Eu não tive nenhuma dificuldade com a secretária Ada, pelo contrário, ela sempre apoiou meu trabalho.
DC – O que a senhora considera que seja a principal dificuldade do cargo?
Maria Elisa – Não vejo uma dificuldade no cargo.
DC – A partir de agora, quais seus planos?
Maria Elisa – Por enquanto, pra ser bem honesta, eu não tenho nenhum plano imediato. Eu quero talvez retomar minha vida acadêmica, tem outras questões pessoais que eu quero resolver. Então um plano de trabalho ainda não tenho nada em vista. A minha área sempre foi a área acadêmica e eu vim para contribuir com a secretária-adjunta na época (em 2011), a Dra. Márcia Arend, e vimos que havia uma possibilidade enorme de fazer um trabalho bacana de ressocialização e nós fizemos. Foi a gestão que mais conseguiu criar vagas de empregos para internos.
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