Uma das prioridades da Embraco na área da sustentabilidade é produzir compressores miniaturizados. O olhar, em um mundo que terá 9 bilhões de habitantes daqui a poucas décadas, mira o mercado de alimentos, que deverão ser cada vez saudáveis por mais tempo.
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A vice-presidente de recursos humanos, comunicação, sustentabilidade, saúde, segurança e meio ambiente da empresa, Ursula Angeli, explica que o setor de RH precisa estar antenado com o foco dos negócios.
O faturamento da empresa, em 2013 será o segundo melhor da história da Embraco. Em 2010, foi o melhor.
Ursula Angeli ocupa o cargo desde 2012. É graduada em administração de empresas pelo Centro de Ciências de Administração e Socioeconômicas (Esag/Udesc), de Florianópolis, e pós-graduada no MBA executivo da Fundação Getulio Vargas São Paulo (FGV/EAESP), com experiência de mais de 16 anos na área de recursos humanos. Iniciou a carreira como trainee na Brahma.
O QUE MUDOU
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– Ao longo destes 16 anos de atuação profissional, muitas transformações aconteceram dentro das companhias. O setor de recursos humanos cuidava da gestão de pessoas. De uns anos para cá, isto só não é suficiente. O RH assumiu um papel também voltado ao negócio essencial das organizações. Antes, o RH não falava a língua dos negócios. Agora, isso é imprescindível. Por isso, o setor incorpora, também, profissionais de outras áreas, como advogados, engenheiros e administradores.
DIVERSIDADE
– Valorizamos a diversidade de pensamento dentro do grupo. É bom ter pessoas que pensem de forma diferente. Isso permite um olhar amplificado e sugere o aparecimento de ideias novas. Numa empresa como a Embraco, muito voltada à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico, pensar em inovação é vital.
PROCESSOS
– Desde 2012, a Embraco alterou muitas posições de liderança. Tanto no Brasil, quanto em outras unidades. Surgiram novas configurações. De concreto, é preciso olhar e melhorar os processos. Claro que as áreas fundamentais (vendas, pesquisa e desenvolvimento e novos negócios) foram preservadas. As mudanças aconteceram nas áreas de finanças, logística, suprimentos e recursos humanos.
GESTÃO
– O objetivo das mudanças no modelo de gestão – que ocorrem desde o ano passado na Embraco – é alcançar melhor performance. E não se cortaram pessoas por cortar. A empresa tem 6 mil funcionários no Brasil (Joinville e Itaiópolis). No mundo, são 12 mil.
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ANO EXCELENTE
– Este ano será o segundo melhor ano em faturamento da história da Embraco. O melhor foi 2010. Somos líderes mundiais e referência global em tecnologia. Está claro que estou aqui para dar resultado de longo prazo para a companhia. Sou muito cartesiana em alguns aspectos.
MULTICULTURAL
– O maior desafio da minha área é trabalhar e harmonizar a multiplicidade cultural da companhia, instalada em vários países: Brasil, China, Itália, Eslováquia e México. As diretrizes gerais são da matriz brasileira, mas em cada planta há um gerente local.
DIFERENÇAS
– Os modelos culturais são distintos de país a país. Na Itália, é mais natural a migração de uma área para outra no desenvolvimento de carreiras. Aqui (no Brasil), isso já não ocorre tanto. Na China, exige-se um longo processo de confiança e as conversas são bem demoradas. Eles precisam de mais tempo para decidir negócios.
MENOS CONSUMO DE ENERGIA
– Uma das preocupações da Embraco com o futuro passa pela área de alimentos. Em poucas décadas, o planeta terá 9 bilhões de habitantes. Neste cenário, a qualidade de vida será, cada vez mais, fator decisivo. Então, a Embraco se preocupa muito com a redução de consumo de energia e com a viabilidade de garantir produtos menos perecíveis, a partir do desenvolvimento de seus compressores. A aposta é na miniaturização destes equipamentos. Temos um conselho, formado por 20 pessoas, que debate sustentabilidade em reuniões, trimestralmente.
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REDES SOCIAIS
– As redes sociais são usadas pela Embraco para auxiliar no processo de contratação de profissionais. Informações disponíveis nas redes são levadas em conta, sim. Num certo nível de carreira, é interessante verificar perfis no Linkedin, por exemplo. É possível saber dos candidatos via web, mas nada substitui o contato pessoal, ou, se for o caso, o diálogo por meio de videoconferência.
COMPORTAMENTO
– O que elimina o candidato nunca é o aspecto técnico. O lado técnico pode ser ensinado dentro da empresa. E, sim, o comportamental. Nós, no grupo, não queremos gente que bate a meta a qualquer preço, deixando corpos pelo caminho. Saber trabalhar em grupo é fundamental.