De ponta a ponta, Lewis Hamilton conquistou a quarta vitória consecutiva e embalou rumo o bicampeonato de Fórmula-1. O triunfo no primeiro GP da Rússia da história da categoria garantiu, ainda, o título antecipado de construtores para a Mercedes – que ganhou 82% dos pontos possíveis nas 16 corridas disputadas até agora na temporada.
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A nona dobradinha do time no campeonato veio com uma atuação de dois extremos de Nico Rosberg. O alemão tentou ultrapassar o companheiro logo na primeira curva, de forma precipitada. Fritou os pneus e até passou, mas teve de devolver a posição porque utilizou a área de escape para completar a manobra. E pior: com os pneus danificados, teve de ir imediatamente para os boxes.
Rosberg voltou no fim do pelotão, mas escalou as posições com competência e talento. Deu 52 voltas sem trocar os compostos mais duros e obteve o segundo lugar depois de uma bela ultrapassagem sobre Valtteri Bottas, da Williams. O finlandês, que cravou a melhor volta da prova, fez o melhor que pode. Como prêmio, garantiu mais um pódio.
Largando em 18º, Felipe Massa ousou na estratégia e parou logo na primeira volta. Acompanhou Rosberg na maior parte das ultrapassagens, até empacar atrás de Sergio Pérez. Não bastasse isso, teve de parar uma vez mais nos boxes e acabou apenas em 11º, fora da zona de pontuação. Precipitou-se ao parar cedo e pagou caro por isso.
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Como saiu com pneus mais duros, Felipe poderia ter esperado um pouco mais e fazer apenas um pit stop. Arriscou, claro, mas esqueceu que a velocidade máxima nos boxes da Rússia é de apenas 60 km/h, o que resultava em uma perda de 30 segundos por parada. Mesmo ganhando sete posições, o brasileiro tinha carro para subir mais e não sair sem pontos de Sochi.
No inédito e “poupador” de pneus circuito russo, destaque também para a McLaren. Jenson Button obteve um consistente quarto lugar, e Kevin Magnussen, que largou em 11º, terminou em quinto. A decepção ficou por conta do piloto da casa, Daniil Kvyat, que fez um improvável quinto lugar no treino e, acumulando erros, foi só o 14º.
Um dos momentos mais marcantes da corrida foi antes da largada. Os pilotos se enfileiraram e, depois, se abraçaram para homenagear Jules Bianchi, da Marussia, que sofreu um grave acidente no Japão e segue em estado crítico. Com apenas um carro na corrida em tributo ao francês, a equipe deixou a prova na nona volta, quando Max Chilton abandonou por problemas mecânicos.
Faltando três corridas para o fim do campeonato, a vantagem de Hamilton para Rosberg agora é de 17 pontos. Com o título de construtores assegurado, a Mercedes não tem como repetir o apelo de que os dois devem evitar brigar na pista pelo bem do time. Será no “mano a mano”. Hamilton, que chegou à 31 vitória e igualou Nigel Mansell como inglês mais vitorioso na história, é favorito. Mas a disputa ainda não acabou.
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Os 10 primeiros na Rússia
1. Lewis Hamilton (Mercedes)
2. Nico Rosberg (Mercedes)
3. Valtteri Bottas (Williams)
4. Jenson Button (McLaren)
5. Kevin Magnussen (McLaren)
6. Fernando Alonso (Ferrari)
7. Daniel Ricciardo (Red Bull)
8. Sebastian Vettel (Red Bull)9. Kimi Raikkonen (Ferrari)
10. Sergio Pérez (Force India)
11. Felipe Massa (Williams)