O Hamas anunciou nesta quinta-feira (5) que nomeava como seu número dois o palestino Salah al-Arouri, um militante exilado acusado de ser o cérebro de inúmeros atentados.

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Israel, que festeja o Sucot, não emitiu reação imediata diante da notícia.

O comitê político do Hamas, formado por 18 membros, elegeu Salah al-Arouri como adjunto de Ismail Haniyeh, informou à AFP uma autoridade pertencente ao movimento.

Arouri contribuiu para a criação do braço armado do Hamas, movimento ao qual se uniu em 1987, conforme informações dos meios de comunicação do movimento palestino que controla a Faixa de Gaza.

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Esteve preso em Israel durante 15 anos após ter sido declarado culpado pela formação de células militares na Cisjordânia ocupada. Três meses após sua prisão em 2007, Israel o aprisionou novamente por três anos. Foi libertado em 2010 sob condição de exilar-se.

Posteriormente viveu na Turquia, e após a normalização das relações entre Tel Aviv e Ancara, mudou-se para o Catar em 2016. Atualmente estaria no Líbano, segundo fontes do Hamas.

A proibição da entrada de Salah al-Arouri em território turco fazia parte, de acordo com autoridades israelenses, da normalização de relações diplomáticas com a Turquia. Ancara nunca confirmou a sua presença na Turquia.

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O Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia, realizou três guerras contra Israel desde que assumiu o poder da Faixa de Gaza em 2007.

Em 2014, Israel acusou o Hamas de sequestro, e posteriormente de assassinato, de três adolescentes israelenses na Cisjordânia, acontecimento que contribuiu para o aumento da violência e para a última guerra ocorrida em Gaza.

Salah al-Arouri tinha declarado que o Hamas era responsável por esses assassinatos, ainda que o movimento nunca os tenha reivindicado.

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Em 2015, o Tesouro americano anunciou sanções contra o palestino.

* AFP