O movimento islamita palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza, ameaçou neste sábado “reavivar a intifada” se os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como capital de Israel ou decidirem transferir para aquela cidade sua embaixada.
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“Não permitiremos esse complô, alertamos para qualquer decisão neste sentido e convocamos nosso povo a reavivar a intifada (rebelião dos palestinos contra Israel) se forem tomadas decisões injustas envolvendo Israel”, advertiu o Hamas em um comunicado.
“Jerusalém continuará sendo árabe e palestina, sejam quais forem as decisões tomadas” envolvendo aquela cidade sagrada, afirmou o movimento palestino, considerado terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
O presidente americano, Donald Trump, prometeu em sua campanha eleitoral de 2016 transferir a embaixada do país para Jerusalém.
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Uma lei do Congresso aprovada em 1995 determina que a representação diplomática de Washington em Israel fique em Jerusalém. Mas há duas décadas, uma cláusula derrogatória assinada a cada seis meses pelos presidentes americanos permite ao Executivo bloquear a sua aplicação.
Trump deverá assinar ou não esta cláusula na próxima segunda-feira, segundo o Departamento de Estado, que ainda não tomou uma decisão a respeito.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação de sua parte oriental conquistada em 1967. As embaixadas estrangeiras ficam em Tel Aviv.
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Os palestinos consideram que Jerusalém Oriental deve ser a capital do Estado a que aspiram.
* AFP