Foi consolidada no início do mês a fundação da Associação dos Haitianos de Navegantes (ASHAN). A posse da diretoria da entidade foi marcada por um evento na Escola Municipal Professora Maria Hostin, que reuniu no dia 8 cerca de 100 pessoas, entre autoridades e membros da comunidade estrangeira.

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– O principal objetivo é dar assistência jurídica e social para os haitianos – pontua João Edson Fagundes, diretor-executivo da entidade e professor da rede estadual e municipal de ensino em Navegantes (o único brasileiro engajado no projeto).

Segundo ele, a ideia é que, futuramente, os membros da associação sejam encaminhados para várias frentes de trabalho e que essa mão de obra possa ser buscada pelas próprias empresas.

Para minimizar o principal problema enfrentado pelos imigrantes na cidade, que é o idioma, o professor e o haitiano Leonel Joseph, presidente da associação, ensinam português para a comunidade estrangeira. Hoje, são aproximadamente 700 haitianos vivendo na cidade, conforme estimativas.

A associação reclama da falta de ações de inclusão específicas para a absorção dessa comunidade no mercado de trabalho.

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– A única coisa que o prefeito fez foi conceder uma sala de aula para que pudéssemos nos reunir. Ele prometeu professores, mas não providenciou. Sequer um kit escolar, disponibilizou para as aulas de português – reclama Joseph.

Maria José Flor, secretária de Assistência Social de Navegantes, explica que embora a prefeitura ainda não desempenhe nenhuma ação específica de inserção no mercado de trabalho para os haitianos, tem colocado à disposição dessa população os cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e os oferecidos pela própria secretaria, como os de corte costura, pintura e cabeleireiro.