Seja no esporte, na escola ou até mesmo no trabalho, o desejo de ser extremamente hábil é comum. A ânsia em ser destaque ronda a todos diariamente. Mas há quem descubra uma habilidade especial ainda quando criança – e esse é o caso de Amanda, Tiago e Olavo. Craques no que fazem, desde pequenos são reconhecidos pelo talento.

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Olavo S. Kormann, por exemplo, já mostrava aos dois anos uma destreza precoce com papel e caneta. No início desta descoberta, Ola, como é chamado pelos pais, se distraía com desenhos e rabiscos e não demorou para começar a criar as próprias histórias.

O tempo passou e, aos nove anos, o brusquense deu o primeiro passo para o que seria seu primeiro livro, O Acampamento, com 21 capítulos e 85 páginas – que lançou em Brusque e Balneário Camboriú – no início deste ano, com 11 anos. A obra foi escrita à mão, em três meses, em um caderno universitário e depois digitado no computador pela mãe, Simone Schlõsser.

– Acredito que pelo ambiente que ele tinha em casa, sem internet e televisão, o Ola acabou desenvolvendo ainda mais a criatividade. Ele sempre estava inventando histórias em quadrinhos e personagens. Como percebemos que ele gostava, acabamos estimulando, comprando livros e oferecendo muitas folhas de papel. Eu brinco que ele é um devorador de livros, já leu um com 900 páginas em apenas 10 dias – conta o orgulhoso pai, Rodrigo Kormann.

A psicóloga Christine Gabel opina sobre como os pais devem lidar quando identificam que o filho possui um talento especial. Para ela, é importante que a criança seja estimulada:

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– Muitas vezes, os pais não sabem como fazê-lo, daí a indicação de profissionais para poder efetuar este encaminhamento. Se a estimulação for ligada a aspectos intelectuais, há a necessidade de professores com treinamento dirigido para este fim. Mas mesmo sendo uma criança talentosa, os pais não podem esquecer das demais características. Resumindo: ela deve ser vista como criança.

Para estimular o próprio desenvolvimento e também incentivar outras crianças, o escritor mirim que cursa o sétimo ano do Ensino Fundamental, no Sesi, palestra nas escolas da região.

– Já estive em algumas escolas e conheci bastante gente. Eles pedem dicas para escrever. Sempre digo que para ser um escritor é preciso ler muito. A leitura amplia o vocabulário e é bacana para criar novas histórias – ensina Olavo, que começou a escrever a segunda obra e já leu mais de 80 livros.

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