O Jornal do Almoço, da NSC TV, fez nesta sexta-feira a quarta entrevista da série com cinco prefeitos do Vale do Itajaí. Quem respondeu os questionamentos de repórteres e também da comunidade foi o chefe do Executivo de Brusque. Jonas Paegle (PSB) foi questionado sobre saúde, obras de mobilidade urbana, entre outros temas.
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Confira a seguir, trechos da entrevista comandada por Marina Dalcastagne:
Por que a demora de mais de 60 dias para uma simples consulta nas unidades básicas de saúde, é falta de gestão?
Uma das situações importantes é a falta de profissionais médicos. Realmente, o médico trabalha no posto saúde e de repente, ele faz a prova para residência de cardiologia ou neurologia em outra cidade, em um hospital maior e, passando lá, ele abandona o trabalho em Brusque e vai direto para fazer a residência. Com isso, fica o espaço vazio e daí tem que fazer um remanejamento dentro da própria rede das UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Brusque. E claro, há um atraso das consultas, mas é uma coisa momentânea e creio que lá na frente, no futuro, vai melhorar quando já estiver lá na cidade a faculdade de medicina, que já está começando na Unifebe (Centro universitário de Brusque). Não é que está faltando médicos, a gente troca de um posto para outro para o atendimento.
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Recentemente, o poder público decidiu não instalar ciclofaixas nas ruas Sete de Setembro e Santos Dumont. A gente sabe que o problema da mobilidade urbana só vai ser resolvido se o poder público investir em transportes coletivos, em transportes alternativos, como a bicicleta. Afinal de contas, qual é a política de mobilidade urbana da prefeitura de Brusque?
No momento, estamos fazendo oficinas de estudos da mobilidade urbana. Realmente, na Rua Santa Rita Santa, na Santa Terezinha, na Unifebe, foi feito o recapeamento do asfalto. E claro, a faixa de ciclista, presente ali, foi recapeada e desapareceu. Então, houve um grande movimento, em que o pessoal reagiu, os lojistas e os próprios ciclistas. Então, estamos no momento de estudo para ver o que realmente vai ser feito. E paralelo à essa rua, temos a Avenida Beira-Rio, onde tem ciclovia, calçada, espaço à vontade para o ciclista pedalar e passar por ali.
Por que a prefeitura de Brusque trabalha apenas em meio expediente, meio período é em função de outras atividades do prefeito e secretários, em outros horários?
É uma situação que já vem de outros prefeitos e já é uma conduta em função de economia, trabalhando do meio-dia até as 18h. As outras autarquias, como os postos de saúde, Samae, IBPREV (Instituto Brusquense de Previdência), todas as outras entidades funcionam no horário comercial, horário normal. Então, por isso, com critério de economia, de gastar menos energia, a gente resolveu manter esse horário dos prefeitos anteriores, porque há uma economia considerável.
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Em 2014, foi inaugurado oficialmente o Parque das Esculturas. Um diferencial cultural que destacava Brusque. Há na sua gestão a intenção de investir naquele parque?
O Parque das Esculturas, acho que é único no Brasil, em tamanho, dimensão. Inclusive tem esculturas espalhadas pela cidade em vários bairros e já está nos nossos planos recolher as esculturas e assentá-las no parque. O acesso também nós vamos melhorar. E vai ter restaurantes e já estamos em contato com firmas que vão explorar o lado turístico daquela área, porque tem muitas imagens, muitas esculturas, chama a atenção. Tem história e qualquer pessoa comenta a respeito do Parque das Esculturas no Brasil inteiro. Nós já temos um plano de fazer um acesso, do pavilhão da Fenarreco ao Parque das Esculturas, para fazer uma revitalização total.