Nesta sexta-feira, 27 de dezembro, completa-se um ano da inauguração da Unidade de Recuperação Ambiental (URA) da Beira-mar Norte em Florianópolis. Embora a Companhia de Águas e Saneamento (Casan) já trabalhe nos ajustes finais para automatizar o sistema de tratamento da água, a balneabilidade depende da destinação adequada do esgoto na região.
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Nove em cada 10 imóveis inspecionados na região da Beira-Mar Norte, área nobre de Florianópolis, foram flagrados com algum tipo de irregularidade em suas ligações de esgoto. A divulgação foi feita pela prefeitura após três semanas de fiscalização do programa Floripa Se Liga Na Rede.
Entre setembro, a água da Beira-mar chegou a ser considerada própria para banho mas, menos de um mês depois, a medição do Instituto do Meio Ambiente (IMA) apontou um índice de coliformes fecais acima de 800 em quatro de cinco testes. Com isso, o local continua impróprio para banho.
O projeto de balneabilidade contempla o tratamento da água em um trecho de 3,5 km, entre a Guarnição de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar (GBS),perto da Ponte Hercílio Luz, e a Ponta do Coral. O projeto é um investimento de R$18 milhões para despoluir a água contaminada da rede de drenagem antes que seja lançada no mar.
– A Casan já fez melhorias no sistema de bombeamento, que é muito complexo, porque não é só a unidade de recuperação, são quatro partes do sistema. Tem a caixa coletora, onde recebe o esgoto clandestino dessa drenagem pluvial, tem os sistema de elevatória, tem um emissário que leva da elevatória até a URA e a própria URA – explicou o superintendente da Casan Joel Horstmann.
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Agora, a equipe responsável pela URA trabalha em análises técnicas para automatização do projeto, conforme o superintendente.
– A balneabilidade depende de diversos fatores, como de que os moradores tenham credibilidade no sistema – afirmou.
A Casan não divulgou uma data prevista para que o local seja liberado para banho.