Representantes do setor de combustíveis preveem que haverá desabastecimento de diesel no país caso a Petrobras não reajuste o preço do produto. A estatal tem segurado o valor dele a um nível distante do preço no mercado externo por pressão política.

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Na última segunda-feira (23), o governo anunciou nova troca na presidência da Petrobras — 38 dias depois da última. Um dos motivos para a mudança na direção da estatal é a recusa de segurar o preço do combustível, que chegou a R$ 6,943 entre 15 e 21 de maio, valor recorde. Mesmo assim, ainda há reajustes represados.

— A Petrobras está sofrendo uma pressão muito grande para não fazer esses reajustes. Mas, não fazendo, ela não vai conseguir pagar aos importadores o preço exato ou o preço justo do combustível importado — diz César Bergo, coordenador da Pós-Graduação em Mercado Financeiro e Capitais da Faculdade Mackenzie Brasília (FPMB).

No Brasil, 30% do diesel é importado. O produto passou por aumento de demanda devido ao recuo da Covid-19 e tem alta internacional de preços em meio à guerra na Ucrânia. Uma crise de desabastecimento no país, inclusive, aconteceria durante o momento de maior exportação de grãos, entre junho e julho.

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Por Júlia Portela

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