O governador Raimundo Colombo promete decidir ainda esta semana a situação de nova prisão no Sul e também revela preocupação com Blumenau e a Grande Florianópolis.

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Confira os principais trechos da entrevista dada na manhã de ontem no Centro Integrado de Cultura (CIC), na Capital:

Diário Catarinense – O governo vai insistir em construir a penitenciária em Imaruí?

Raimundo Colombo – Já compramos o terreno, fizemos tudo, temos ações em paralelos, mas precisamos concluir essa etapa.

DC – O senhor está satisfeito com essa situação, afinal, desde o começo do ano não se resolve o impasse?

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Colombo – É um absurdo. Eu preciso fazer, é questão de responsabilidade. Nós compramos o terreno, pagamos, então você vai abandonar e aquilo fica como? A gente queria esgotar a possibilidade. Se não der, a gente tem mais três alternativas.

DC – A cidade de Pescaria Brava, por exemplo?

Colombo – Pescaria Brava se ofereceu. Há outras cidades também.

DC – Até quando permanecerá essa indefinição?

Colombo – Um grupo vai me trazer esse relatório nesta semana ainda. Porque agora a prefeitura (de Imaruí) cancelou o alvará. Sem ele, não dá para fazer.

DC – O senhor procurou o município para oferecer compensações?

Colombo – Conversei duas vezes com o prefeito (de Imaruí), com as lideranças, mas eles têm uma situação própria deles, de que não concordam.

DC – Nesta semana o senhor decide e, em caso contrário, parte para outro município?

Colombo – Sim, aí se parte para outro município. Nós temos também a questão de Blumenau, de emergência. O atual presídio de Blumenau não oferece as condições. Temos que fazer um novo. Nós temos os recursos. Então nossa equipe está lá, em campo. Tem toda uma questão ambiental, estrutural.

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DC – Lá tem boa vontade ao menos…

Colombo – Sim, fizemos reunião com todos os prefeitos. A escolha da área sempre é complexa. Se você não fizer bem feito, aí para. Em Imaruí encontraram lá um pedaço de ferro, agora estão investigando se é um sítio arqueológico ou não é. Há uma má vontade enorme. Aí fica difícil de conseguir fazer.

DC – Na Grande Florianópolis o senhor pediu agilidade para construir uma prisão?

Colombo – Sim. O sistema aqui é o mais complicado de todos. Temos dois problemas sérios: esse de Blumenau e aqui (na Grande Florianópolis) há uma superlotação.

DC – Qual medida será decidida na Grande Florianópolis?

Colombo – Fazer uma nova (unidade prisional). A Central de Triagem já está escolhida. Essa vamos fazer já. Identificamos um terreno e negociamos com o Ministério Público. Já está na fase final.