O ministro da Fazenda Henrique Meirelles acredita que já houve um avanço com o tímido crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2017, diante do quadro dos últimos anos — o recuo em 2016 foi de 3,5%. Segundo o ministro, a expectativa é de alta de 3% em 2018.

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— Continuando com este ritmo e com as indicações que já temos, há evidências de que a economia entra crescendo forte em 2018 — afirmou o ministro, em entrevista concedida ao Direto da Redação, da CBN Diário, desta sexta-feira (02), aos jornalistas Renato Igor, Estela Benetti e Upiara Boschi, da NSC.

De acordo com Meirelles, o teto de gastos será cumprido este ano, e o que tem crescido são as despesas que são obrigatórias pela Constituição Nacional. A reforma da Previdência, que era esperada pelo Governo para ser votada mês passado, não pode ser apreciada no Congresso devido à intervenção federal na segurança pública no Rio.

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— Não há dúvida de que (a reforma da) Previdência é importantíssima e vital. No entanto, foi definida uma prioridade, que foi a questão da segurança no Rio de Janeiro — comentou o ministro.

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O presidente Michel Temer, em entrevista à Rádio Tupi (RJ), revelou que, dependendo dos resultados, a intervenção federal poderá ser revogada até setembro ou outubro para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no segundo semestre deste ano.

Henrique Meirelles ainda reiterou sua intenção de ser candidato à presidência em outubro pelo PSD. Se não sair pelo partido, alega que há convite de outros siglas.

— Eu acho que a decisão tem que ser tomada na hora certa. Caso eu seja candidato, acredito que um bom tema é o candidato do crescimento, da criação de empregos e do controle da inflação — disse o ministro da Fazenda.