Para a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma gestação normal deve ter de 37 até 41 semanas e seis dias. Se ele tiver menos de 37 semanas a gestação é considerada prematura. Para prevenir o nascimento antecipado a mãe deve realizar um exame pré-natal adequado que identifique situações de risco para um parto prematuro e adote medidas clínicas e terapêuticas que consigam controlar os fatores detectados.
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A médica Cris Beduschi explica que, em algumas situações em que fatores de risco são identificados, a paciente pode realizar exames como ultrassom obstétrico, ultrassom morfológico com Doppler, análise do líquido amniótico e do sangue fetal, que possibilitem a avaliação da maturidade e vitalidade do bebê. Ela diz que as intercorrências dos bebês prematuros se iniciam no momento do nascimento, por serem mais susceptíveis ao sofrimento e por poderem desenvolver desconforto respiratório, problemas digestivos, alterações na quantidade de glicose e cálcio, anemia, problemas cardíacos e neurológicos.
Outras alterações que podem surgir na evolução dessas crianças e decorrente do sofrimento perinatal são paralisia cerebral, distúrbios cognitivos, deficiência auditiva e deficiência visual. O bebê recebe alta quando consegue manter a temperatura do corpo fora da incubadora e tem um quadro clínico estável, além de conseguir mamar sozinho.
– Quando o recém-nascido atinge a primeira infância e a idade escolar, pode apresentar alterações relacionadas ao sofrimento no período neonatal, como deficiências motoras, cognitivas, distúrbios de fala, alterações comportamentais como hiperatividade e falta de atenção, além de deficiência no seu crescimento – afirma Beduschi.
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Fatores que levam à prematuridade
A médica esclarece que, algumas vezes, não se consegue identificar a razão de um parto prematuro, mas muitas causas já são conhecidas pelos médicos como por exemplo, doenças, condições e hábitos da gestante. Entre eles podemos destacar hipertensão arterial, diabetes, gestação na adolescência ou no final do período reprodutivo da mulher (mulheres com mais idade), desnutrição materna, uso de drogas lícitas (tabaco, álcool) ou ilícitas (maconha, cocaína), além de fatores emocionais como estresse.
Outras vezes, a prematuridade pode estar associada a condições da própria gravidez, como: infecção urinária, amniorexe prematura (ruptura da bolsa antes do tempo), corioamnionite (infecção das membranas), infecções congênitas (sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes), gravidez múltipla (gemelaridade) e patologias obstétricas, tais como, placenta prévia, descolamento prematuro de placenta, incontinência istmo-cervical, mães com bebês prematuros em gestações anteriores, mulheres submetidas à fertilização assistida, gestantes com polidrâmnio (volume aumentado do líquido amniótico) ou mulheres portadoras de anomalias uterinas (mioma, útero bicorno).
– Outro fator para um nascimento prematuro são as más-formações congênitas e as síndromes genéticas – finaliza.
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