O governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, acredita que há interesses patronais e empresariais por trás da greve dos caminhoneiros, que alcança o quinto dia. O Estado descarta redução do ICMS sobre o óleo diesel e entende que cabe ao governo federal reduzir tributos sobre combustíveis.

Continua depois da publicidade

– Há algo no ar que não é apenas avião. Esta greve está diferente – afirmou Pinho Moreira, no final da manhã desta sexta-feira, ao chegar para um evento na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

Pinho Moreira defende que o Estado está fazendo a sua parte para garantir segurança e serviços básicos. O governador relata que as forças de segurança foram colocadas à disposição para levar um comboio a Videira, na noite passada, mas foram dispensadas.

– Há indiscutivelmente interesse de empresas estimulando, inclusive pagando salário para que motoristas fiquem nas rodovias. Não são autônomos que estão parados. São empregados.

Pinho Moreira acrescentou que o serviço de inteligência do governo está identificando esses líderes para chamá-los a conversar.

Continua depois da publicidade

– Há um movimento estranho. Ninguém negocia. Há dúvidas sobre tudo isso. Os serviços de inteligência estão investigando.

O Centro Integrado de Gerenciamento de Desastres está mobilizado para garantir serviços básicos, como buscar gás para hospitais e tratamento de água.

Quanto às negociações para redução de impostos sobre o óleo diesel, Pinho Moreira diz que Estado não pode abrir mão de receita.

– Não há nenhuma margem para que o Estado possa abrir no ICMS dos combustíveis. Já fizemos essa parte, esperamos que o governo federal faça a dele.

Continua depois da publicidade

Ouça a entrevista do governador Eduardo Pinho Moreira: