Há 20 anos, no dia 10 de dezembro de 1998, o Vale do Itajaí se despedida do autor da célebre frase "menor que meu sonho não posso ser". Nesta segunda-feira completam-se duas décadas da morte de Lindolf Bell, um dos maiores poetas de Santa Catarina, cujos trabalhos foram eternizados em importantes centros culturais da região, como a Casa do Poeta, em Timbó.

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E para lembrar a data, a Fundação Cultural de Blumenau (FCBlu) organizou um evento na manhã desta segunda-feira, em frente à Praça Hercílio Luz, no Centro. Das 10h30min da manhã até o meio-dia, pedestres que passaram pelo local receberam de colaboradores da fundação poemas de autoria de Bell.

Além disso, ao longo dessa semana o projeto Memória digital, espaço visual que conta a história da cidade, vai publicar passagens da vida do poeta, autor de 15 livros de 1962 a 1994. Destaque para "As Annamárias" (1971), classificada por Carlos Drummond de Andrade como uma das mais importantes obras lírico-amorosas em língua portuguesa da época, e "O Código das Águas" (1984), escolhido como o melhor livro de poesia do ano pela Associação Paulista dos Críticos de Artes.

Nascido em 1938 na cidade de Timbó, Lindolf Bell foi alfabetizado em 1944 pela própria mãe. Doze anos depois, em 1956, escreveu os primeiros poemas de amor. Casou-se com Elke Hering, com quem teve Pedro, Rafaela e Eduardo. Fixou moradia em Blumenau e deslanchou para a produção de seus livros. Em 1998, aos 60 anos, morre na cidade que o acolheu e deixa suas obras marcadas na história. Três anos depois, é escolhido como um dos 20 catarinenses mais importantes do século 20 em um evento promovido pela RBS e Telesc BrasilTelecom.

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