A pressão pelo fato de a Chapecoense estar entre os times favoritos ao título do Campeonato Catarinense, a cobrança por bons resultados ou a maratona de dois jogos por semana. Nada disso incomoda mais Guto Ferreira, 50 anos, do que a distância que o separa, de Chapecó, onde trabalha, até Piracicaba, no interior paulista, onde moram a esposa e os dois filhos, de 14 e 16 anos. Autointitulado um cara “família”, ele alterna o tempo entre a corrida rotina da profissão e os momentos de lazer, em que faz questão de estar perto do trio.
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– Sempre que é possível procuro estar com a minha família. Gosto de viajar com eles, sempre é uma boa viagem. Agora, no dia a dia longe deles, não adianta. O que resta é sair em um bom restaurante ou quando tem algum bom show, alguma coisa assim. Mas ir em uma boate não é muito a minha – define.
Fora dos campos, Guto prefere praticar tênis, assistir a programas esportivos, ir ao cinema, ouvir música (sertaneja “mais antiga”, samba de raiz e MPB) e viajar em boas companhias. Para o técnico com passagem pela base de São Paulo e Internacional – onde comandou os profissionais também -, e que rodou por clubes como Mogi Mirim, Criciúma, ABC, Portuguesa, Figueirense e Ponte Preta, assimilar a distância é menos complicado em Chapecó. A característica do Oeste Catarinense ajuda.
– Em Chapecó o povo é extremamente agregador, receptivo, e a gente recebe muita atenção das pessoas, nos levando para cá e para lá. E isso quebra um pouco o eventual gelo, ameniza a distância – revela.
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Consciente da boa condição em que a Chape chega para o Catarinense, Guto acredita que o time não pode fugir da responsabilidade de ser favorito. Ele também crê que 2016 é o ano do salto para o Verdão, e, consequentemente, para ele:
– Há um detalhe que falta para a gente, que é um resultado expressivo. Eu busco um título pelo clube. Quando fui procurado pelo pessoal da Chapecoense acreditei que seria o momento de me firmar e buscar um impulso final para chegar a um clube grande.