Principal reforço do Apav/Canoas para a temporada 2012/2013 da Superliga Masculina de Vôlei, o gaúcho Gustavo Endres, 36 anos, comemora o fato de estar voltando ao Estado para, mais que um time, fazer parte de um projeto da modalidade.
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Com Paulão como técnico, Roberto Minuzzi, Jeffe, Rafael, Palotti, Xanxa e outros companheiros, espera reviver os momentos de glória do Estado da eras Frangosul e Ulbra para devolver aos gaúchos a supremacia entre os clubes de vôlei do país.
Por telefone, após a apresentação da equipe, em Canoas, o ex-meio de rede da seleção de Bernardinho conversou com zhEsportes.
– Graças a Deus estou voltando para a terrinha, poder jogar aqui em uma equipe profissional. São 20 anos praticamente desde que saí daí, é maravilhoso. Estou muito emocionado de fazer parte deste projeto, desse time – resumiu Gustavo.
zhEsportes – Você sabe das dificuldades que o Canoas passou até chegar à Superliga?
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Gustavo Endres – Paulão me contou tudo, desde a temporada na Liga B, todas as dificuldades. Fiquei muito feliz de poder participar com o meu nome, como jogador, resgatar o voleibol gaúcho. O RS sempre foi referência no vôlei, sempre revela muitos jogadores. A gente quer fazer com que esses jovens não precisem sair daqui do RS. O esforço dele (do técnico Paulão) é muito raro. Ainda temos dificuldades. Temos alguns parceiros que precisamos buscar, ainda não está 100%, mas está caminhando.
zhEsportes – E a repercussão da tua chegada ao Estado?
Gustavo – Só de eu não deixar o Brasil o pessoal me agradeceu muito. Não acho que é o momento de eu sair do Brasil, mais. O vôlei está passando por dificuldade este ano. Estamos com algumas dificuldades para conseguir patrocínio. Estava até pensando em parar de jogar, seguir para outro lado no voleibol. Mas vir para cá, jogar na minha terra, vir para me participar nesse projeto do Paulão. Vou me especializar, ano que vem, quem sabe, ser um gestor. Aborver essa experiência. Quem sabe no futuro não consiga trazer o Murilo, o Thiago Alves. Imagina!
zhEsportes – E ao lado de um ídolo como o Paulão.
Gustavo – Já invejei o Paulão. O começo no ano passado, com todas as dificuldades e ainda foram campeões da Liga B, com o ginásio lotado, todo mundo se emocionou. Tenho ele como meu ídolo, sempre me espelhei nele. Tive a honra de jogar com ele em 1997, no último ano dele na seleção. Depois desse tempo todo poder trabalhar com ele é importantíssimo, ele tem muito a ensinar fora das quadras.
zhEsportes – Mas quer dizer que você vai parar após esse ano?
Gustavo – Meu objetivo é sempre jogar, mas às vezes temos de começar a pensar no outro lado. Ainda tenho satisfação em jogar. Seria uma oportunidade, quem sabe ser assistente com ele (Paulão), no futuro ser técnico ou ser um gestor do projeto, um gerente, um dirigente para trazer patrocinadores, fortalecer a equipe. Tudo o que eu puder fazer esse para aprender com ele eu vou fazer.
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zhEsportes – E assistir à Olimpíada? Confia no ouro?
Gustavo – Levo muita fé neste ouro. É uma equipe experiente, já foram campeões mundiais, mas o voleibol mundial ficou equilibrado. Tem mais equipes que podem ser campeãs. A Polônia, os EUA, a Rússia é uma incógnita, mas ganhou a Copa do Mundo do ano passado. A Itália também é uma incógnita. E a Sérvia é sempre chata. O vôlei ficou mais equilibrado. Mas tenho muita fé no ouro. Falei com meu irmão e eles estão bem chateados (com a derrota na Liga Mundial). Eles estão dando o máximo, dando de tudo nos treinos. O time vai mordido. E não terá pressão. Vai ser bom para a gente chegar de mansinho e faturar esse ouro.