Via de regra, jogadores muito fortes costumam desequilibrar uma competição. Mas pode acontecer de, às vezes, sua presença incentivar os adversários a melhorarem as próprias performances. Essa forma um tanto torta de reorganizar o tabuleiro poderá ser conferida agora no universo do eSport com a entrada de um poderoso player: a Blizzard.

Continua depois da publicidade

Como funciona e se desenvolver o eSport no Brasil

Final de etapra de campeonato de League of Legends lota cinemas

Um dos nichos que mais cresce no mercado de entretenimento eletrônico do mundo – com uma receita que deverá atingir US$ 465 milhões ao ano até 2017 -, o eSport é hoje monopolizado por duas grandes franquias: Dota 2, da Valve, e League of Legends, da Riot.

Continua depois da publicidade

Ambos são jogos do tipo Multiplayer Online Battle Arena (Moba), criados especialmente para se brincar conectado com mais pessoas, e também são responsáveis pelos números mais impressionantes do meio.

Você pensa que está no comando? Pense melhor

Jogadoras aprovam times femininos em Fifa 16

Enquanto Dota 2 chama a atenção pelas cifras (seu último campeonato mundial distribuiu US$ 10 milhões em prêmio), LoL é sinônimo de popularidade (cerca de 32 milhões de pessoas assistiram a uma das finais da sua disputa intercontinental). Quer dizer: sobrava muito pouco para os concorrentes – até a chegada, na semana passada, de Heroes of the Storm, o Moba da Blizzard.

As vantagens da nova competidora são óbvias. Diferentemente de Dota 2 e LoL, que precisaram conquistar os jogadores com personagens inéditos criados do zero, Heroes… chega oferecendo heróis e vilões de universos consagrados, como Warcraft, StarCraft e Diablo.

Continua depois da publicidade

A Blizzard também sai no lucro pelo know-how adquirido com a imensa base de jogadores amealhada na última década com seu World of Warcraft, maior Massive Multiplayer Online (MMO) do mundo.

Tem mais: sem perder tempo, a Blizzard já deu início aos seus campeonatos de Heroes of the Storm pelo mundo. A Copa América, reunindo times da América Latina, começa nesta sexta, com transmissão ao vivo pelo site oficial da publisher e pelo seu canal oficial no Twitch. A grande final será em novembro, na California, durante a Blizzcon, conferência anual da Blizzard.

Da mesma forma que nas competições esportivas tradicionais, a presença de um jogador tão poderoso quanto a Blizzard deverá mexer de maneira significativa com o cenário do eSport. De repente, pode até incentivar outros interessados em derrubar o domínio da Valve e da Riot. Se isso ocorrer, ganhamos todos.

Continua depois da publicidade