Os fãs brasileiros do Guns N’ Roses estão em êxtase após a banda confirmar oito shows no Brasil em setembro. Em 2020, a banda se apresentaria no Festival Lolapalooza, em São Paulo, que acabou sendo adiado devido à pandemia da Covid-19. Em 37 anos de história, a banda coleciona sucessos, separações e também várias polêmicas.
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A última vez que o Guns N’ Roses tocou no Brasil foi em 2017, com apresentações no Rock in Rio e em São Paulo. Ao todo, a banda já fez 29 shows no país.
Vamos relembrar, a seguir, algumas das polêmicas que os integrantes do Guns N’ Roses estiveram envolvidos.
Polêmicas envolvendo o Guns N’ Roses
- Música One in a Million
- Mortes por causas não naturais
- Axl Rose processa Activision
- Músicas polêmicas
- Revolta em St. Louis
- Briga entre Vince Neil e Izzy Stradlin no VMA
- Conturbadas saídas de integrantes
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Música One in a Million
A música, escrita por Axl Rose, vocalista do Guns, foi lançada em 1988 e mesmo, décadas depois, ainda se mantém como exemplo do racismo internalizado e da homofobia presente em algumas bandas.
Axl disse que a música foi inspirada por sua experiência de ser empurrado em uma estação de ônibus da Greyhound quando chegou a Los Angeles. O fato de as letras terem sido escritas seguindo uma experiência da vida real torna as letras ainda mais problemáticas.
Alguns trechos da música usam termos pejorativos para se referir a negros e homossexuais:
“Police and nig**rs, that’s right / Get outta my way / Don’t need to buy none of your / Gold chains today.” (Polícia e negros, isso mesmo / Saiam do meu caminho / Não preciso comprar nenhuma de suas / Correntes de ouro hoje).
“Immigrants and fa**ots / They make no sense to me / They come to our country / And think they’ll do as they please / Like start some mini-Iran / Or spread some fu***ng disease.” (Imigrantes e bi***s / Eles não fazem sentido para mim / Eles vêm para o nosso país / E pensam que farão o que quiserem / Como começar um mini-Irã / Ou espalhar alguma doença do ca****o).
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Axl não tem uma boa reputação quando se trata de questões sociais e políticas. Na verdade, ele fazia discursos muito ofensivos durante os shows e havia momentos em que ele dizia ser “pró-heterossexual” e condenava membros e aliados LGBTQIA+.
Mortes por causas não naturais
Ole Belch
O baixista dinamarquês tocou na banda durante o primeiro semestre de 1985, antes da entrada de Duff. Ele faleceu em 16 de outubro de 1991, por afogamento. No entanto, a família do baixista acredita que seu vício em drogas pesadas e a depressão o motivaram a cometer suicídio.
Shannon Hoon
O vocalista Shannon Hoon morreu por overdose. Ele gravou backing vocals e participou do clipe do sucesso Don’t Cry.
West Arkeen
O guitarrista, que também morreu de overdose, ajudou a escrever vários sucessos da banda, incluindo Yesterdas e It’s So Easy.
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Axl Rose processa Activision
Axl Rose processou a Activision por ter incluído imagens do guitarrista Slash no jogo Guitar Hero III – Legends Of Rock. O vocalista pediu US$ 20 milhões pelo fato de ele ter licenciado a música “Welcome to the Jungle” sob a condição de que Slash, ex-guitarrista da banda, e nem Velvet Revolver, atual banda de Slash, aparecessem no jogo.
Mas o jogo estampou uma animação de Slash na capa do box e uma das faixas do jogo se chamava “Guitar Battle Vs. Slash”.
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Músicas polêmicas
Além de One in a Million, a banda tem outras músicas polêmicas, como:
Rocket Queen (1987) – Que traz antes do último refrão gemidos captados de um ato sexual protagonizado em estúdio por Axl Rose e pela stripper Adriana Smith.
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Get in the Ring (1991) – A letra é um convite aos desafetos da banda para entrarem no ringue e se enfrentarem. Axl até mesmo cita os nomes dos jornalistas que o desagradaram.
Sympath for the Devil (1994) – Parte da trilha sonora do filme “Entrevista com o Vampiro”, a música foi definida por Slash como “se você quer saber qual é o som de uma banda ruindo, ouça a versão do Guns N’ Roses de ‘Sympathy for the Devil’”.
Look at your Game, Girl (1993) – Diferente das polêmicas músicas citadas, essa está na lista por ter sido escrita pelo famoso assassino Charles Manson. Foi incluída como música escondida no álbum “The Spaghetti Incident?!” – não está creditada no encarte do álbum.
Revolta em St. Louis
Durante o Rocket Queen, em St. Louis, Missouri (EUA), Axl se jogou na plateia para tentar arrancar uma câmera fotográfica de um fã. Além de não ter conseguido, ele deixou alguns fãs feridos e ainda abandonou o show.
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Briga entre Vince Neil e Izzy Stradlin no VMA
Em 1989, Neil e seus companheiros de banda entregaram ao Guns o prêmio de Melhor Vídeo de Heavy Metal por “Sweet Child O’ Mine”, que foram recebidos por Steven Adler e Duff McKagan. Mais tarde, Izzy Stradlin e Axl Rose se juntaram a Tom Petty & the Heartbreakers no palco para a performance de “Free Fallin'”, e quando Stradlin saiu, Neil foi até ele e o atingiu com um soco.
O lábio de Izzy Stadlin foi cortado pelo anel de Neil, mas ele saiu ileso. Logo depois, uma discussão se intensificou entre Neil e Axl, com cada um desafiando o outro para uma luta, que não aconteceu.
Neil agrediu Izzy porque ele teria supostamente agredido sua esposa no The Cathouse. Na época, Izzy estava sóbrio e pediu desculpas a Neil pelo incidente envolvendo sua esposa.
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Conturbadas saídas de integrantes
O abuso de drogas foi um dos motivos que causaram as separações da banda.
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1990: o baterista Steven Adler foi expulso da banda porque enfrentava sérios problemas com drogas. Naquele ano, por exemplo, o Guns só pôde tocar duas músicas no Farm AID IV devido às péssimas condições do músico. A banda alegou que o motivo de sua demissão foi o fato de seu contrato incluir uma cláusula que informava que ele seria demitido se continuasse usando drogas.
1991: o guitarrista Izzy Stradlin saiu do Guns. A vontade de deixar as drogas e os novos rumos musicais da banda foram alguns dos motivos. O fato de a banda ter trocado Adler por Matt não agradou Izzy, que afirmou que, com a troca, o Guns havia se transformado em uma banda de heavy metal. Anos depois, em 2006, Izzy subiu ao palco com o Guns.
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1993: Gilby Clarke entrou para a banda em 1991 e saiu dois anos depois, alegando que Axl não dava importância às músicas dele. Em 1995, ele processou a banda por não ter recebido os direitos que ele dizia serem seus. A banda também o processou. Clarke recebeu da banda uma quantia em dinheiro não divulgada. Isso não impediu que ele e Axl voltassem a ter uma amizade e, em 2000, os dois chegaram até a fazer um dueto.
1996: a saída de Slash foi a mais conturbada da banda. Tudo começou em 1995, porém, em 1996, Slash não gostou da contratação do novo guitarrista e o desentendimento entre ele e Axl atingiu outro patamar porque ele não concordava com o rumo que o vocalista da banda queria seguir para o próximo álbum.
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Para deixar o clima ainda mais tenso, Axl não gostou do solo executado por Slash na gravação da música “Sympathy For The Devil” (cover dos Rolling Stones) e pediu para um amigo gravar outro solo por cima. Foi aí que Slash se demitiu, enviando um fax para a MTV comunicando que não fazia mais parte do Guns.
1997: Duff Mckagan já havia sido submetido a uma cirurgia de emergência no pâncreas, que o obrigou a parar de consumir álcool. Ele então desenvolveu Síndrome do Pânico, e não conseguia tocar para um público grande, porque era acostumado a beber antes dos shows e, com a saída de seus amigos, ele também resolveu deixar o Guns, após 11 anos na banda. Em 2016, ele voltou para o Guns.
1998: Matt Sorum entrou no Guns no lugar de Adler e foi demitido por Axl após uma discussão que teve início quando ele chegou a um estúdio e ouviu Paul Tobias falando mal de Slash. A discussão terminou com Axl dizendo que Matt estava despedido.
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