Reynaldo Gianecchini, de 51 anos, contou recentemente que foi diagnosticado com a síndrome de Guillain-Barré. O ator disse às apresentadoras do podcast Poddelas que sentiu os sintomas da condição enquanto se preparava para o musical Priscilla, a Rainha do Deserto. As informações são do Metrópoles.
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— Desenvolvi até uma doença autoimune muito louca que foi me paralisando as mãos, as pernas. Tive uma coisa que chama Guillain-Barré, que é uma doença autoimune, que seu próprio sistema imunológico, os seus nervos, vão te paralisando — contou Gianecchini às apresentadoras Boo Unzueta e Tata Estaniecki, na última terça-feira (11).
O que é a síndrome de Guillain-Barré
Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, o sistema imunológico do corpo ataca a parte do sistema nervoso que são os nervos que conectam o cérebro com outras partes do corpo.
Ela é provocada por um processo infeccioso anterior, e a principal forma de manifestação é a fraqueza muscular e a redução ou ausência de reflexos. Diversas infecções têm sido associadas à Síndrome de Guillain Barré, ainda segundo o Ministério. Entre elas está infecção por Campylobacter, que causa diarréia.
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A incidência anual é de um a quatro casos por 100 mil habitantes, com pico entre 20 e 40 anos de idade.
Saiba os sintomas
A grande maioria dos pacientes percebe a doença, inicialmente, pela sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores, pés e pernas, e, em seguida, superiores, mãos e braços. A dor neuropática lombar (nervos, medula da coluna ou no cérebro) ou nas pernas é vista em ao menos 50% dos casos.
O paciente, segundo o Ministério, percebe os sinais nesta ordem: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço.
Um dos sintomas principais da Síndrome de Guillain Barré é a fraqueza muscular ascendente, que inicia nas pernas, podendo progredir ou afetar o tronco, braços e face, com redução ou ausência de reflexos.
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A síndrome tem diferentes graus de agressividade: provoca leve fraqueza muscular em alguns pacientes, enquanto em outros causa paralisia total dos quatro membros. Outros sinais e sintomas também podem incluir:
- Sonolência;
- Confusão mental;
- Coma;
- Crise epiléptica;
- Alteração do nível de consciência;
- Perda da coordenação muscular;
- Visão dupla;
- Fraqueza facial;
- Tremores;
- Redução ou perda do tono muscular;
- Dormência, queimação ou coceira nos membros.
Como tratar?
O Sistema Único de Saúde (SUS) possui tratamento para a síndrome, o que inclui procedimentos, diagnósticos clínicos, de reabilitação e medicamentos. Atualmente o Brasil tem 136 Centros Especializados em Reabilitação, que atendem pacientes com a Síndrome de Guillain Barré pela rede pública de saúde, segundo o Ministério.
O tratamento busca acelerar o processo de recuperação ao diminuir as complicações associadas à fase aguda, além de reduzir os déficits neurológicos residuais em longo prazo. Não há necessidade de tratamento de manutenção fora da fase aguda da doença.
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O SUS possui o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Síndrome de Guillain Barré, que prevê, entre outros tratamentos, o medicamento imunoglobolina intravenosa (IgIV) e o procedimento plasmaférese, que é uma técnica de transfusão que permite retirar plasma sanguíneo de um doador ou de um doente. O médico é o responsável por indicar o melhor tratamento para o paciente, dependendo do caso.
Veja fotos de Gianecchini como “Priscila”
Gianecchini diz ter sentido os sintomas da condição enquanto se preparava para o musical Priscilla, a Rainha do Deserto.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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