Ao ser escolhido relator na Câmara do pacote de medidas de combate à corrupção, idealizado pelo Ministério Público Federal, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) vê um filme antigo passar. Há 10 anos, o deputado era o subrelator de normas de combate à corrupção da CPI dos Correios. Pois passou o Mensalão do PT, descobriu-se o tucano e o do DEM, veio o Petrolão e os desvios milionários seguem presentes na política brasileira. Em 2006, o sentimento de corpo dificultou mudanças profundas na legislação, o que pode ser repetir agora. O combate à corrupção padece da mesma dificuldade da reforma política: é paparicado nas falas oficiais e boicotado nos bastidores. Em Brasília, é consenso: leis que facilitem punições a parlamentares, magistrados e procuradores dificilmente passarão. Ao assumir a nova missão, Onyx abandonou o recesso. Ao lado de quatro consultores de carreira da Câmara, analisa as propostas do MPF e estuda incluir outras, como proteção e pagamento de bônus a quem denunciar esquemas de corrupção comprovados pelas investigações. Onyx promete empenho voraz e sabe que terá muito trabalho pela frente até dezembro, quando a Câmara pretende votar as medidas em plenário. Lá, será possível ver, pelo conteúdo das leis, se os deputados tentaram mudar algo de fato ou se apenas repetiram o pós-Mensalão.

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Filiação

Expulso do PDT pelo voto a favor do impeachment, o deputado federal Giovani Cherini (RS) quer reunir mais de mil convidados em seu ato de filiação ao PR, na tarde de hoje, em Porto Alegre. Deputados do PR de outros Estados prestigiam o novo colega, entre eles o catarinense Jorginho Mello.

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Presenças

Em campanha para ser nomeado ministro do Turismo, o deputado Marx Beltrão (PMDB-AC) segue em Brasília durante o recesso parlamentar. Circula entre Planalto e presidência da Câmara. Apesar da bênção do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), há resistência contra seu nome dentro do governo Temer.

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