Guilherme Mazui: nova secretária de Políticas para as Mulheres pode ter a nomeação revista

Nova secretária de Políticas para as Mulheres, a ex-deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) pode ter a nomeação revista. Motivo: a ficha corrida. Há pelo menos três anos ela é investigada pela suspeita de participar de um esquema para desviar R$ 4 milhões das próprias emendas parlamentares. Com o caso a repercutir, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou ao jornal O Globo que a posse não está decidida, pois a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ainda não concluiu a pesquisa sobre Pelaes.

Interessante que a nomeação foi publicada na sexta-feira passada, antes do término da averiguação, corriqueira no governo para checar se postulantes a cargos têm condições de assumi-los. Das duas uma: ou a Abin é muito incompetente ou a pesquisa é desculpa para rever um erro. Mesmo com a presunção de inocência, sabe-se que Pelaes não foi a melhor escolha para a secretaria.

A impressão deixada é a de um governo que coloca a acomodação de aliados, como uma política sem mandato, à frente das questões éticas, a impressão de um governo que faz de conta que se indigna mediante manchetes, longe das pretensões de “salvação nacional”.

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Será?

Com a pauta da Câmara liberada das medidas provisórias, há chance de ser votado o projeto da Lei Kiss, há três anos em discussão no Congresso. A proposta já passou pela Câmara, foi modificada no Senado e tem mais uma votação na Câmara.

Agenda

Raimundo Colombo (PSD) desembarca na quarta-feira no Senado. O catarinense participa da reunião de governadores com Renan Calheiros (PMDB-AL) para tratar da dívida dos Estados com a União. Herdeiro do presidente do Senado, Renan Filho (PMDB) governa Alagoas, um dos Estados em situação delicada. Os Calheiros apostam em um bom acordo, de olho nas eleições de 2018.

Tempo

Os governadores querem acelerar o acordo da dívida com a União enquanto Renan Calheiros tiver força para influenciar o governo Temer.

Até agosto, com o impeachment de Dilma Rousseff em discussão no Senado, o momento é considerado fecundo. Se as negociações virarem o ano, Renan terá deixado a presidência da Casa.

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