Entre esta terça e quarta, Brasília terá outro festival de frases de efeito, diagnósticos e saídas salvadoras para a crise da segurança. Nesta terça, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, trata com secretários estaduais temas como fiscalização de fronteiras, força-tarefa contra homicídios, núcleos de inteligência policial, construção de presídios e ampliação de efetivo e presença da Força Nacional. Nesta quarta, o presidente Michel Temer recebe governadores para assinar o termo de cooperação que promete tirar do papel o recente Plano Nacional de Segurança. Espera-se que, desta vez, surjam medidas efetivas e com prazos estabelecidos, a fim de garantir a devida cobrança sobre eventuais atrasos. Se os dois dias de discussões resultarem apenas em ações com títulos genéricos, sem detalhamentos, e nos famosos ¿grupos de trabalho¿, será um fiasco, sem condições de garantir a segurança nas ruas e de estancar a carnificina dos presídios, que soma mais de 120 mortes em duas semanas. Se grupo de trabalho e força-tarefa resolvessem alguma coisa, o sistema prisional estaria em melhores condições.
Continua depois da publicidade
Presente
O governador Raimundo Colombo (PSD) participa, nesta quarta no Planalto, da assinatura do Plano Nacional de Segurança. Antes da solenidade, o fórum permanente de governadores se reúne nas residência oficial do governo do Distrito Federal para discutir a crise no setor.
Mutirão
A OAB Nacional propôs uma parceria com o Ministério da Justiça para tentar desafogar o sistema prisional. A ideia é focar nos presos que já cumpriram a pena, porém seguem no cárcere por algum erro. Casos de prisão provisória, mas com situação ainda indefinida, também devem ser analisados neste mutirão. A proposta de convênio já está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes.
Continua depois da publicidade
Carta
Em carta enviada aos senadores, Cristovam Buarque (PPS-DF) pediu que a bancada do PMDB apresente mais de um candidato à presidência da Casa. Nos bastidores, há quem diga que o parlamentar ensaia uma candidatura própria, caso o PMDB fique apenas com Eunício Oliveira (CE), aliado fiel de Renan Calheiros (AL).
Leia outras colunas de Carolina Bahia e Guilherme Mazui