A disposição da defesa deDilma Rousseff em reduzir a quantidade de testemunhas na etapa derradeira doimpeachment revela o desejo de que o processo seja resolvido logo. Desde maio, o país vive um teatro na comissão do Senado, um debate de surdos. Todos falam e ninguém escuta. Os votos estão decididos, restam raros indecisos, que negociam nas duas pontas. Apesar da insistência na tese do golpe e das promessas de luta pela democracia, oPT e o núcleo mais próximo da presidente afastada consideram a cassação no plenário do Senado irreversível. Uma ala da sigla trata como “mal menor” votar a perda do mandato no final de agosto, sem procrastinar. Levar a discussão para setembro ampliaria o espaço do assunto no mês quente da campanha municipal, com potencial de prejudicar ainda mais os candidatos da legenda. Em crise, o PT tem sido pragmático. Na disputa pela presidência daCâmara, a bancada anunciou que não votaria em candidato que “apoiou o golpe”, mas metade dela ajudou a eleger Rodrigo Maia (DEM-RJ). Preferiu derrotar o centrão. No caso do impeachment, o PT quer virar a página, quer se reestruturar a partir da oposição a um governo de popularidade baixa e também alvejado por desvios éticos. Vai apostar no desgaste da coalizão de Michel Temer.

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Segurança

O novo atentado naFrança não mudou o planejamento para asOlimpíadas na Secretaria de Segurança para Grandes Eventos. Os planos de ação são atualizados com informações diárias coletadas por equipes brasileiras e de outros países. Durante os Jogos, agentes de 55 países estarão no Brasil para cooperar nas operações, entre elas, contra ataques terroristas.

Foro

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Além de cobrar a condenação de Dilma Rousseff no processo de impeachment, o MBLcolocou ofim doforo privilegiado para políticos na pauta de reivindicações das manifestações do próximo dia 31. UmaPEC na Câmara trata do assunto.

Pressão

Depois de ceder aos apelos de aliados e renunciar à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é pressionado a desistir do mandato de deputado federal. Parte de sua tropa não gostaria de encarar o desgaste de uma votação aberta no plenário da Câmara com desfecho previsível: a cassação do peemedebista.

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