A Série C ronda o Figueirense. Ainda que esteja a cada rodada próximo da saída, o time completou três meses dentro da zona de rebaixamento. Na quarta-feira, com os portões do Orlando Scarpelli fechados, uma reunião entre diretoria, comissão técnica e jogadores discutiu a situação. O CEO Alex Bourgeois pediu empenho maior do grupo de atletas, para que deem um pouco mais além do que têm dado nas últimas partidas e o Figueira, enfim, respire fora da área de desconforto. Mas não é só de briga e luta dentro de campo que o Alvinegro precisa. O Diário Catarinense elencou cinco itens para que o conjunto preto e branco conquiste o que se tornou o principal objetivo da temporada: a permanência na Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
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1. Elevar a produtividade
Dos 34,7% de aproveitamento em 24 jogos até agora, o Figueirense precisaria ter 52,4% nas 14 partidas que ainda tem pela frente na Série B. Este é o percentual para que alcance 47 pontos – tem 25 e necessita de mais 22. De acordo com o Departamento de Matemática da UFMG, que calcula probabilidades e outras estatísticas do Campeonato Brasileiro, a equipe que alcançar os 47, no momento, tem apenas 1% de chance de descenso. Para isso, o Figueira teria de vencer metade dos confrontos que tem pela frente e empatar pelo menos um.
2. Recuperar força em casa
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Como metade as 14 partidas que ainda restam são em casa, o Alvinegro ficaria muito próximo se tivesse 100% de aproveitamento no Orlando Scarpelli daqui para frente. O problema é que a campanha mostra que o time tem acumulado resultados ruins quando atua em seus domínios: tem mais derrotas que vitórias. O Furacão é o terceiro pior mandante da competição, atrás de Náutico e ABC. Em 12 partidas, são três triunfos, quatro empates e perdeu cinco jogos. Inclusive, sofreu mais gols que marcou quando jogou em casa.
3. Fortalecer a defesa
Também por isso é alvinegra a defesa mais vazada da Série B do Campeonato Brasileiro. O Figueirense tem a incômoda média de 1,5 tento sofrido por jogo. Desde o início da competição, em apenas quatro partidas saiu de campo sem que as próprias redes fossem balançadas — sendo uma delas no 0 a 0 com Oeste, pela 15ª rodada, a única igualdade sem gol. Saulo e Thiago Rodrigues estiveram em ação em 12 partidas cada até agora na competição. O primeiro, e atual titular, sofreu 18 gols, dois a mais que o agora suplente.
4. Encontrar a escalação ideal
A alternância de arqueiro é só uma das posições em que houve mudança em busca do encaixe da equipe. A equipe-base, daquelas que o torcedor recita do goleiro ao centroavante sem fazer esforço, ainda não apareceu na Série B – e no ano. Nos cinco jogos em que comandou o Figueirense até agora, o técnico Milton Cruz não conseguiu repetir a escalação, e não foi apenas pela obrigatoriedade por suspensão e lesão. O treinador demonstra que ainda não encontrou a combinação de jogadores para atuar no meio de campo, por exemplo.
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5. Mudança de mentalidade
Alteração na escalação e também de pensamento. Desde quando entrou na zona de rebaixamento, na nona rodada do campeonato, o discurso alvinegro reflete a ideia de que o Z-4 é passageiro, uma fase ruim. Porém, a equipe chegou ao terceiro mês dentro da área de desconforto e até ficou de fora de uma noite para outra uma vez, ao vencer o Brasil-RS em uma sexta-feira e retornar com os resultados do dia seguinte. Deixa a sensação de que a cada rodada está a uma vitória de deixar a área de degola, mas está sempre nela.
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