Ainda dá tempo. A oitava edição do mais relevante evento da área de artes visuais do sul do Brasil termina hoje em Porto Alegre. Se você ainda não visitou a Bienal do Mercosul, aproveite o feriado para percorrer os seus espaços e mergulhar nas reflexões e sensações propostas por seus 105 artistas. A Bienal está espalhada por diversos locais, todos da região central da Capital. ZH preparou um guia com o serviço e algumas dicas para uma visitação organizada neste 15 de novembro.

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Vale também para quem já foi conferir o que a Bienal tem a oferecer e quer se despedir da megamostra, que em suas exposições tradicionais voltará apenas no segundo semestre de 2013.

Mostra Eugenio Dittborn

Onde: Santander Cultural (Rua Sete de Setembro, 1.028).

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Que horas: das 9h às 21h.

Por que visitar: a mostra do artista homenageado é um dos pontos altos desta Bienal. Nela você pode conferir os “aeropostais” do chileno Dittborn _ obras de ampla riqueza iconográfica que misturam desenho, costura, pintura e colagem e que chegam via postal, dobradas e colocadas em um envelope, ressaltando o caráter transitório de sua obra, que se conforma a partir dos trajetos percorridos. Os trabalhos de maior dimensão têm uma presença visual impactante.

Cidade Não Vista

Onde: no Observatório Astronômico da UFRGS (Pça. Argentina, s/nº, edifício 11.104), na cúpula da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736), na Prefeitura Municipal de Porto Alegre (Rua Siqueira Campos, 1.300), na chaminé da Usina do Gasômetro (Av. Pres. João Goulart, 551), na Praça do Aeromóvel (Av. Pres. João Goulart, s/nº), na Livraria Garagem dos Livros (Rua General Salustiano, 214), nos jardins do Palácio Piratini (Pça. Mal. Deodoro s/nº), na escadaria da Rua João Manoel (Entre as ruas Duque de Caxias e Fernando Machado, em frente à Casa M) e no Viaduto Otávio Rocha (Rua Borges de Medeiros, sob a Rua Duque de Caxias).

Que horas: das 9h às 21h (exceto o observatório astronômico da UFRGS, das 14h às 18h, a cúpula da CCMQ, das 12h às 21h, e os jardins do Piratini, das 13h às 18h).

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Por que visitar: percorrer todos os locais que abrigam obras deste eixo da Bienal exige preparo físico dos visitantes. Mas vale a pena: os trabalhos expostos dialogam com espaços vitais da região central da cidade, seja pela sua arquitetura, carga histórica ou simplesmente pela curiosidade que despertam.

Além Fronteiras

Onde: Margs – Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega, s/nº).

Que horas: das 9h às 19h.

Por que visitar: aqui é interessante notar a relação da obra contemporânea produzida por artistas em viagem pelo Rio Grande do Sul com os trabalhos dos acervos locais – mapas, pinturas, fotografias, livros, objetos, documentos de viagens exploratórias e arte popular. O resultado é uma visão crítica da paisagem do sul do Brasil seguindo três eixos: a carne (do gado ao prato), a paisagem (o pampa) e as missões (em suas questões indígena, jesuítica e arquitetônica).

Geopoéticas, Cadernos de Viagem, espaço de convivência

Onde:Armanzéns do Cais do Porto (Av. Mauá, 1.050, entradas A3 e A4).

Que horas: das 9h às 21h.

Por que visitar: é ali que estão, ao mesmo tempo, o pulmão e o coração da Bienal. O eixo Geopoéticas, nos armazéns A4, A5 e A6, conforme a orientação da curadoria do colombiano José Roca, examina a criação de “entidades transterritoriais e supraestatais que põem em cheque a noção de nacionalidade”. Ali você vai ver mapeamentos e representações do mundo que contradizem as cartografias convencionais ou que promovem a transformação social, a criação de nações fictícias, a reflexão sobre as fronteiras e a migração e ainda a subversão de símbolos nacionais e de retóricas nacionalistas. Já o eixo Cadernos de Viagem, no armazém A7, apresenta as criações de 10 artistas das mais variadas procedências que viajaram por cidades do Rio Grande do Sul produzindo anotações de suas aventuras em diferentes formatos como desenho, fotografia, vídeo e objetos.

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Casa M

Onde: Rua Cel. Fernando Machado, 513 (em frente à escadaria da Rua João Manoel).

Que horas: das 9h às 21h.

Por que visitar: aberta desde bem antes do início das demais exposições da Bienal, a Casa M é um espaço de convivência imperdível. Traz atividades culturais que vão de oficinas a bate-papos com artistas convidados da Bienal e personalidades da produção artística _ como Glaucis de Morais, que apresenta na Casa até o dia 26 um retrato de Porto Alegre a partir de depoimentos de seis estrangeiros que nunca estiveram na cidade e só a conhecem por meio de um cartão postal.