O ex-tenista Guga Kuerten foi nomeado neste domingo, em Florianópolis, um dos embaixadores do movimento paraolímpico no Brasil. E não poderia ter havido ocasião melhor para o anúncio: a final do torneio profissional em cadeira de rodas da semana Guga Kuerten, em Jurerê Internacional.

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O discurso de agradecimento do ídolo à nomeação mostrou que Guga já era um embaixador do paradesporto no país, só faltando oficializar o título. Aos atletas cadeirantes premiados, na quadra central do torneio, Guga falou que a semana não pode existir se não houver a categoria para atletas com deficiência. Segundo ele, agora, como embaixador, a responsabilidade de fortalecer a competição só aumenta. O Torneio Profissional de Tênis em Cadeira de Rodas, em sua quarta edição na semana, distribuiu R$ 65 mil e somou pontos para os atletas no ranking da federação internacional.

Guga fez questão de agradecer aos tenistas estrangeiros em inglês, depois em espanhol, dizendo ter tido o privilégio de conviver por 28 anos com o irmão Guilherme, que tinha paralisia cerebral.

– Ele foi um grande exemplo para mim e toda vez que eu vejo vocês aqui, me sinto mais perto dele – disse.

O presidente do Comitê paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, que fez o anúncio de Guga como embaixador, afirmou que o nome do ex-tenista foi um dos primeiros a ser considerado pelo comitê. O programa de embaixadores foi lançado neste ano, e conta também com Romário, Ronaldinho Gaúcho, Emerson Fittipaldi, Luiz Severiano Ribeiro, Flávio Canto, Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert e Ayrton Senna (in memoriam).

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Parsons explica que os embaixadores foram escolhidos pela relação que cultivam com o esporte paralímpico, pela notoriedade e capacidade de divulgar o movimento e pela vida que construíram além de suas carreiras no esporte.

– O Guga teve essa convivência com o irmão, e agora com dois sobrinhos, e conhece os desafios das pessoas com deficiência. E ele dá um apoio enorme ao movimento. Esse torneio na Semana Guga Kuerten já é o maior de tênis em cadeira de rodas da América Latina. Ele também representa bem o atleta paraolímpico, porque enfrentou diversidades, ao sair do Brasil quando o esporte era pouco difundido, e venceu – afirmou o presidente do CPB.