A guerrilha das Farc negou nesta sexta-feira que esteja buscando a impunidade pelos crimes cometidos ao longo do conflito armado colombiano nas negociações de paz com o governo de Bogotá em Havana.
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“Não se está falando de impunidade”, afirmou a guerrilha em um comunicado lido à imprensa Ricardo Téllez, um dos dos delegados nas negociações.
“Reiteramos: antes de aplicar o sistema judicial que for acertado (nas negociações), é imperativo conhecer a verdade” do que aconteceu ao longo de meio século de conflito, enfatizou, pedindo a formação de uma Comissão da Verdade.
Téllez elogiou a senadora liberal colombiana Viviane Morales, que, na véspera, emum debate o Congresso, afirmou que todos os atores do conflito armado – e não apenas os guerrilheiros – devem responder por seus crimes , segundo versões da imprensa.
Bogotá e a guerrilha retomaram nesta quinta-feira suas negociações de paz visando a alcançar acordos definitivos depois de uma desescalada das hostilidades no país.
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Delegados dos dois lados começaram a abordar simultaneamente três temas – o fim do conflito, justiça e indenização das vítimas – em mesas de trabalho separadas a fim de agilizar as negociações.
No último dia 13, Bogotá e as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) alcançaram um histórico acordo para uma desescalada do conflito armado, que havia se intensificado, colocando em risco o processo de paz.
O processo de paz para a Colômbia ganhou novo vigor depois que a guerrilha anunciou seu cessar-fogo unilateral, respondendo ao apelo dos quatro países que acompanham o processo de paz.
As duas partes estão perto de fechar um acordo parcial sobre reparação às vítimas.
O governo e as Farc entraram em acordo até agora sobre três dos seis pontos da agenda e também acordaram um programa
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* AFP