O ministro do Interior da Guatemala, Enrique Degenhart, negou nesta segunda-feira (9) que a recente retirada de 20 dos 45 agentes policiais designados para proteger a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), da ONU, seja para enfraquecer a segurança da missão.

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“Realmente aqui não há nenhum plano, não há nenhum objetivo, não há nada para debilitar a Comissão”, declarou Degenhart ao fim da reunião semanal do gabinete de governo.

O funcionário reiterou que os agentes foram realocados para fortalecer o plano governamental de redução de homicídios. “É mais importante fortalecer a segurança cidadã e velar para que haja mais guatemaltecos vivos”, expressou.

Na sexta-feira, a Cicig informou em um comunicado que um chefe policial havia informado sobre o corte de policiais que fazem a segurança da missão, na Guatemala desde 2007.

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O chefe da Cicig, o ex-juiz colombiano Iván Velásquez, lamentou “profundamente” que o compromisso do governo guatemalteco “para garantir a segurança e a proteção das pessoas” do ente internacional “se veja agora limitada”.

A medida foi considerada pelo Procurador dos Direitos Humanos da Guatemala, Jordán Rodas, como uma nova ação para debilitar o funcionamento da Cicig, que está na mira do governo depois que no ano passado pediu a cassação da imunidade do presidente Jimmy Morales para investigá-lo por suspeitas de corrupção em sua campanha política.

* AFP