O capitão Paulo Rogério Rigo, novo secretário de Proteção Civil e Segurança Pública de Joinville, foi o primeiro entrevistado da série produzida pelo A Notícia e pela CBN Joinville. Entre 11 e 22 de janeiro, dez secretários da gestão Adriano Silva serão apresentados a partir de entrevistas sobre as principais demandas de cada área.
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Capitão Rigo, como é mais conhecido, é militar da reserva do Exército. Ele tem formação em tecnologia, RH e educação física. Entre 2015 e 2020, atuou na comunicação do 62º Batalhão de Infantaria de Joinville. No fim do ano, já na reserva remunerada após 35 anos de dedicação ao Exército, decidiu participar do processo seletivo para os cargos comissionados da Prefeitura de Joinville.
— Estava numa zona de conforto, descansando. Veio essa possibilidade de concorrer no processo de escolha [da prefeitura], enviei meu currículo e passei no processo com muita lisura. Digo, com muita tranquilidade, que estou bastante motivado. Tenho noção dos desafios que temos pela frente mas com muito boa vontade e com uma equipe técnica em que todos estejam acreditando nesse novo projeto, a gente vai conseguir fazer um bom trabalho — afirmou à CBN.
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Confira os principais pontos da entrevista:
Guardas municipais
Este talvez seja, neste momento, o processo mais espinhoso que nós temos. Antes mesmo de assumir, quando fui nomeado, tive uma reunião com eles, os recebi para conhecer o problema e saber da situação. Temos uma preocupação muito grande em relação a isso. No que depender de nós, a intenção é convocar esses profissionais o mais rápido possível para que a gente possa contar com eles na melhoria da nossa segurança. A gente tem esbarrado na questão jurídica, tá? Eu e mais uma equipe teremos uma reunião com a Procuradoria do Município. Estamos estudando as vias legais. Temos boa vontade, mas precisamos ver a questão legal, não podemos criar um problema futuro. Mas a intenção é contar com estes profissionais o mais rápido possível.
Efetivo e foco da Guarda Municipal
Hoje contamos com um efetivo bastante reduzido. Não temos condições de atuar em todas as áreas que gostaria de poder atuar. Só vamos poder pôr em prática o nosso projeto de atuação no momento em que tivermos estes outros 46 profissionais que falta serem convocados. Fizemos um recolocamento porque a lei permitiu isso, porque tínhamos algumas vagas de guardas que pediram demissão e o recompletamento foi permitido por lei.
A gente tem, nessa linha, também o fortalecimento da nossa guarda, para auxiliar as policiais como prevenção e atuação contra o crime. Porém, a atuação deve ser, principalmente, junto às praças, as escolas, coibindo a atuação de pessoas mal intencionadas.
Temos que levar em consideração, além da falta que estes profissionais fazem, um problema social, porque muitos deles se deslocaram, vieram de outras cidades, e estão se virando. Não podemos esquecer também nossos agentes de trânsito, porque precisamos dar a eles boas condições de trabalho.
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Agentes de trânsito
Vamos fazer um mapeamento dos principais gargalos e, neste ponto que são mais críticos, em determinados horários, poder colocar os agentes lá para, de alguma forma, fazer o trânsito fluir. Temos um problema sério de mobilidade em Joinville que é notório e, desta forma, eu imagino que a gente possa contribuir.
Eles fazem um trabalho que, muitas vezes, as pessoas ficam criticando. Eles são vistos como aqueles que só ficam aplicando multa. Eles fazem um trabalho que é importante também para a cidade.
Defesa Civil
Não tinha nem recebido ainda minha pasta e já estava participando [do trabalho com a Defesa Civil]. Passei a noite do dia 31 para o dia 1º monitorando a cidade com o pessoal da Defesa Civil. Este problema das chuvas nesta época do ano é meio que previsível, apesar de que não existia a previsão da quantidade de chuvas que nós tivemos. Mas não existe equipamento que te dá essa precisão (na previsão) nem em Joinville nem em nenhum lugar. Mas nossa pronta resposta tem que ser imediata. Não que não tenha havido, mas lutamos com as armas que temos. Temos que estar mais bem preparados e, se for o caso, aumentar também o efetivo.
Segurança no Centro
Pretendo fazer reuniões com os Consegs para debatermos sobre isso. Ouvindo das pessoas os anseios, os problemas e aquilo que imaginam ser uma solução. O problema dos usuários de drogas é um problema de saúde que também envolve a segurança, por exemplo. É bem verdade que ainda estamos formando a equipe, as escolhas estão sendo feitas por processo seletivo, e isso tem uma certa morosidade.
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