Um ano depois, é como se Ricardinho ainda estivesse presente na Guarda do Embaú, não só na lembrança das pessoas mais próximas e nas homenagens, mas também nas ações de quem cuida do local. O surfista nunca deixou de erguer uma bandeira hoje compartilhada por mais gente: a de uma Guarda mais organizada, pacífica e responsável do ponto de vista ambiental.
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Ainda há problemas, como barulho por parte de visitantes em momentos inoportunos e lixo em local inadequado. Há também pedidos de mais policiamento durante o inverno Mas a mudança começou.
– O pessoal ficou um pouco mais solidário. Tem que melhorar um pouco ainda, mas vejo o povo querendo buscar soluções, debatendo coisas que antes eram mais difíceis – comenta Fabrício Silveira de Souza, 30 anos, amigo de Ricardinho, com quem começou a surfar.
– As associações, tanto de moradores, do comércio e de pescadores, estão mais unidas. Foram criados grupos no Facebook para os moradores buscarem soluções. É um ponto muito positivo saber que a população não está de braços cruzados – completa William Zimmermann, 31 anos, outro amigo.
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Fabrício e William, que faziam parte da segunda família de Ricardinho, descrevem o amigo como alguém de personalidade marcante, que deixou histórias e saudade.
Para o tio Mauro da Silva, 36 anos, restou ainda a última prancha em que Ricardo surfou, na véspera do crime. A mesma que o jovem havia dado de presente ao tio.
– Lembro quando ele saiu para surfar pela última vez. Estava superfeliz, e ansioso porque ia para o Havaí – recorda Mauro.
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– Eu o tinha como um ídolo. Só trazia felicidade. Gostava de voltar de uma temporada no Havaí para ficar em casa, com a família e os amigos – conta a tia Sonia Dalcema, 46 anos.