Uma audiência pública foi promovida pela Câmara de Vereadores nesta quinta-feira à noite para debater a criação de uma guarda municipal armada em Blumenau. A reunião foi proposta pelo vereador Marco Antônio Wanrowsky (PSDB), que presidiu a sessão, e por Diogo dos Santos (PR), que apresentou requerimento solicitando o debate enquanto ocupava cadeira no Legislativo.
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Com menos da metade do plenário ocupado, Wanrowsky abriu a sessão. Para o vereador, a importância de discutir a criação de uma guarda municipal armada está no fato de que a questão da segurança está se tornando um problema de saúde pública.
_ A insegurança leva o cidadão a um estado de ansiedade que pode desencadear uma série de problemas. A segurança tem que ter alternativas, não adianta fazer só a repressão, passa por questões de inclusão, emprego e educação _ enumerou, destacando um relatório feito pela Câmara de Vereadores há oito anos sobre guardas municipais em várias cidades do Brasil que já apontava alternativas a Blumenau.
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Na sequência, o vereador passou a palavra para o secretario de Defesa do Cidadão, Marcelo Schrubbe. Ele explicou que proporcionar segurança não é uma obrigação do município, mas que a prefeitura faz o que é possível e revelou que o prefeito Napoleão Bernardes solicitou logo no início do mandato, há três anos, estudos para a criação do órgão.
Segundo o secretário, com base nos levantamentos e no relatório que havia sido feito anteriormente pela Câmara foi possível desenvolver o projeto da guarda municipal armada de Blumenau. A proposta foi apresentada às polícias, aos conselhos de segurança e até a entidades como a Associação Empresarial de Blumenau (Acib) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que já discutiram e deram sugestões.
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O secretário também explicou porque o projeto já prevê que a guarda seja armada e qual a função do órgão:
_ Em todos os locais onde debatemos a guarda foi unânime a questão do armamento. Seria muito perigoso colocar duas pessoas fardadas, num carro caracterizado e sem armamento. Além disso, a guarda não é outra polícia e não pode fazer o papel da polícia. A competência dela é proteção de bens públicos.
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Na sequência a palavra foi aberta para entidades e autoridades se manifestarem. Representantes dos conselhos de segurança afirmaram que são favoráveis à criação da guarda, desde que não se retire recursos de áreas como Saúde, Educação e Obras. O vice-presidente da Acib, Avelino Lombardi, afirmou que Blumenau deve voltar a receber o mesmo tratamento que outras cidades do Estado para que as necessidades da segurança possam ser supridas e a prefeitura não precise ter ainda mais demandas. Além das autoridades, os vereadores também se manifestaram.
A audiência pública durou pouco mais de uma hora e meia. Apesar do debate, a prefeitura não tem previsão de encaminhar o projeto de lei para a criação da guarda para a Câmara de Vereadores devido aos custos necessários para colocar o projeto em prática.