Quem chega aos fundos do bairro Corticeira, em Guaramirim, depara-se com um grande terreno marcado pelo marrom avermelhado da terra. Cinco retroescavadeiras e 15 caminhões, além de um rolo e três esteiras, trabalham na terraplenagem do local, que abrigará quatro condomínios do projeto habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Serão 900 novas casas. Com a média de três a quatro pessoas por residência, serão de 2,7 mil a 3,6 mil novos moradores, que irão somar-se à atual população de 5 mil pessoas do bairro.
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O secretário de Desenvolvimento Social e Habitação, Jaime de Ávila, explica que o bairro foi escolhido devido ao tamanho do terreno, que consegue abranger todo o projeto – os quatro condomínios serão construídos lado a lado. Além disto, há asfalto em boa parte do acesso ao condomínio, sendo necessária apenas a pavimentação em frente à obra.
O convênio com a Caixa Econômica Federal será de R$ 69 milhões. O prazo para entrega dos condomínios é de 18 meses. Todas as residências terão dois andares, para duas famílias.
Escolha dos beneficiados
Das 900 casas, 500 serão destinados a pessoas da faixa 1, com renda de até R$ 1,6 mil. Os imóveis têm 44,25 m2. Os moradores serão escolhidos entre aqueles que são atendidos por programas sociais do município. Atualmente, são entre 1,7 mil e 1,8 mil famílias cadastradas. Uma lista será elaborada e enviada à Caixa Econômica Federal, que realiza a seleção. Jaime explica, porém, que não há um número preciso do déficit habitacional da cidade.
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As demais 400 residências são destinadas a famílias da faixa 2, com renda de R$ 1,6 mil a R$ 3,1 mil. Os imóveis terão 49,45 m2. Atualmente, de 600 a 700 famílias nesta faixa estão inscritas para a compra de imóveis, que serão feitas por meio da Cifra Construtora e Incorporadora, responsável pela construção do condomínio.
Faltam melhorias no bairro
Um dos maiores bairros de Guaramirim, o Corticeira é bem avaliado pelos moradores. Há escolas, posto de saúde e centro de referência em assistência social. Quem mora lá, porém, não ignora que melhorias precisam ser feitas – especialmente com a chegada dos novos moradores.
Há pedidos para mais agilidade no atendimento do posto de saúde, cujas consultas demoram a ser realizadas. Há pedidos, também, de mais policiamento no bairro. Distante do Centro, moradores reclamam que as viaturas demoram a chegar em casos de emergência. Para quem vive nas proximidades dos futuros condomínios, a expectativa é de que a obra finalmente traga o asfalto para as ruas.
O secretário de Desenvolvimento Social, Jaime de Ávila, explica que uma avaliação de demanda será feita no posto de saúde. Ele ainda indica que uma nova creche será construída na região.
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