Somando prejuízos e buscando soluções para reparar os danos. Esta é a atual situação de Guaramirim, uma das cidades mais afetadas pelas cheias do fim de semana. A Defesa Civil informou que os prejuízos com perdas habitacionais e econômicas devem ser de R$ 185 milhões. Segundo o órgão, 80% da cidade foram atingidos. No domingo, eram 310 desabrigados e 15 mil desalojados. Na terça-feira, 200 pessoas continuavam em abrigos. A cidade também recebeu a triste notícia da morte de Djonatan Eduardo, de oito anos, que foi soterrado. Ele estava internado no Hospital Infantil, em Joinville.
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O secretário de Obras, Diogo Junckes, afirma que estradas e ruas pavimentadas foram danificadas. Também houve prejuízo em duas pontes: do Sardenha, que liga Guaramirim pela localidade de Bananal do Sul a Massaranduba e São João do Itaperiú, e a do Trabalhador, que liga os bairros Guamiranga e Bananal do Sul. As duas pontes tiveram problemas nas suas cabeceiras e estão interditadas.
Além disso, 17 órgãos municipais foram atingidos pelas águas do rio Itapocu. Entre eles, a biblioteca, a Secretaria de Esporte, postos de saúde do bairro Avaí e outros.
Atualmente, nenhum bairro está isolado e os problemas de abastecimento de água e de energia elétrica no bairro Avaí e Ilha da Figueira seriam resolvidos ainda na tarde de ontem. Ao todo, foram 32 interdições em casas para demolição, 40 interdições em residências para reforma, mais de 25 deslizamentos e mais de 110 pontos de alagamento.
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A Secretaria de Educação informou que as aulas nas escolas e centros de educação infantil voltam ao normal hoje. As escolas Germano Laffin e Sanfina Schorck continuam interditadas, sem previsão de retorno.
O prefeito Lauro Fröhlich afirma que os prejuízos foram mais sentidos pelos produtores de banana, palmeira-real e pequenos agricultores.
A indústria foi pouco afetada. O prejuízo com perdas habitacionais chega a R$ 5 milhões.
Segundo o secretário de Obras, a enchente foi a segunda maior registrada, superando a de 1972. De acordo com registros, faltaram 20 centímetros para esta não se aproximar da maior enchente registrada em 1942.
Voluntário desalojado
Morando há 27 anos em Guaramirim, o sargento da PM José Valmir de Andrade já é veterano em enchentes. Esta foi a quinta.
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– No sábado, erguemos tudo, um metro do chão. Acreditávamos que estávamos seguros. Depois, fui ajudar os vizinhos – conta.
No domingo, sua família teve de ser resgatada por um bote e ontem Valmir descobriu rachaduras na casa.
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