O chefe do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações (DSIC) do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), Raphael Mandarino, disse nesta quarta-feira, 14, que o órgão lançará hoje o novo algoritmo de proteção de dados que trafegam pelo sistema da administração pública federal. Esse mecanismo foi criado em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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O comentário foi feito em audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia,
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Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, que está sendo realizada nesta manhã, com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O objetivo da audiência é debater eventuais fragilidades nos sistemas de guarda e fluxo de conteúdo de informações pessoais, oficiais ou economicamente estratégicas do cidadão brasileiro, do Estado e do setor privado.
– O nosso atual algoritmo tem 13 anos e nunca foi quebrado. Criptografia de informações de Estado tem de ser feitas, sempre, com algoritmo próprio – afirmou.
Segundo o chefe do DSIC, são registrados cerca de 2,6 mil incidentes por hora nas redes públicas – vírus, tentativas de invasão e outros – e cerca de 60 dessas ocorrências chegam ao gabinete de Mandarino para serem solucionadas.
– Somos o Bope da internet – concluiu.
Conforme define o decreto nº 7.845/2012, que regulamenta procedimentos para credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada em qualquer grau de sigilo e dispõe sobre o Núcleo de Segurança e Credenciamento, algoritmo de Estado é a “função matemática utilizada na cifração e na decifração, desenvolvido pelo Estado, para uso exclusivo em interesse do serviço de órgãos ou entidades do Poder Executivo federal”.
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Brasil levará à ONU insatisfação sobre espionagem
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reforçou nesta quarta-feira, 14, que o governo da presidente Dilma Rousseff irá levar a discussão sobre a espionagem norte-americana à Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o ministro, o governo não está satisfeito com as explicações dadas até o momento pelas autoridades dos Estados Unidos.
– Os Estados Unidos não deram informação nenhuma, só generalidades que você consegue ler na Wikipedia – disse o ministro. Segundo ele, o Brasil irá protestar da forma “que é compatível”.
Paulo Bernardo garantiu, ainda, que os dados sigilosos do governo estão protegidos. “Mas se você, como cidadão, colocou algum dado pessoal na internet, ele pode ter sido interceptado – disse. Ele não fixou prazo para o encaminhamento dessa denúncia à ONU.
O comentário foi feito após encerramento de audiência pública da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta. O objetivo da audiência foi debater eventuais fragilidades nos sistemas de guarda e fluxo de conteúdo de informações pessoais, oficiais ou economicamente estratégicas do cidadão brasileiro, do Estado e do setor privado.
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Mais cedo, Paulo Bernardo disse que o governo não tem dúvidas de que agências de inteligência ligadas ao governo norte-americano tenham coletado não somente metadados, mas também armazenado conteúdo de comunicações de cidadãos brasileiros.
– Isso significa espionagem a brasileiros? Ora, se não é espionagem, é bisbilhotice. Com certeza absoluta isso viola a privacidade das pessoas.