Uma tentativa de arrastão, depois de manifestação que reuniu na noite de segunda-feira 300 pessoas na Praça das Nações, zona norte do Rio de Janeiro, terminou em confronto na Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré. A confusão começou ainda durante o ato, que chegou a ser desmarcado pelas redes sociais.

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Um grupo de rapazes, com os rostos cobertos com camisetas, tentaram assaltar os manifestantes. Depois, seguiram para a Avenida Brasil, com a intenção de fechar a via, mas foram impedidos pela Polícia Militar. O grupo seguiu, então, para a Favela Nova Holanda.

O Batalhão de Operações Especiais (Bope) reforçou o policiamento. Houve confronto. Estudantes de um curso de pré-vestibular comunitário ficaram retidos na ONG Redes da Maré. Havia uma reunião de fotógrafos na ONG Observatório de Favelas. Eles também ficaram em meio ao fogo cruzado.

– A polícia lançou bombas de efeito moral. Em seguida começaram os tiros. Ninguém conseguiu sair – contou um dos fotógrafos da Agência Imagens do Povo.

Pelas redes sociais, moradores narravam o conflito e pediam a presença da imprensa. Uma internauta escreveu: “Um homem foi assassinado entre a rua Getúlio Vargas e o Campo da Paty, na Nova Holanda. Aqui na Maré a bala é de fuzil, o mesmo Estado que manda a polícia atacar manifestantes, decreta pena de morte nas favelas!”.

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Em Seropédica, na Baixada Fluminense, um ônibus foi queimado durante protesto. Os manifestantes fecharam a BR-465 e em seguida, atearam fogo ao veículo. A polícia dispersou o grupo com bombas de efeito moral.