Um grupo técnico formado por funcionários da América Latina Logística (ALL) e servidores do governo do Estado de Santa Catarina vai avaliar as condições de operação para transportar milho por ferrovia do Centro Oeste para Santa Catarina.

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Uma reunião deve ser marcada dentro de duas semanas para iniciar os trabalhos.

Esse foi o resultado da reunião realizada na manhã desta terça-feira, na Casa da Agronômica, em Florianópolis, com representantes do governo do estado, ALL, agroindústrias e produtores.

O governo do Estado demonstrou a demanda de 4 milhões de toneladas em grãos, principalmente milho. Em 2016 o estado deve colher 2,9 milhões de toneladas, a metade do consumo do cereal. Só para trazer esse milho são necessários cerca de 100 mil caminhões ou então 39 mil vagões por ano.

Isso aliado ao real desvalorizado e ao grande volume de exportações fez o preço disparar de R$ 23 a saca no período do plantio para R$ 38 neste início de ano, sendo que, para a indústria, a saca custa mais de R$ 40.

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Isso levou o setor a buscar alternativas de reduzir o custo do transporte, que fica em torno de R$ 20 a saca para trazer milho do Mato Grosso.

De acordo com o secretário de Agricultura do Estado, Moacir Sopelsa, o diretor da ALL, Júlio Fontana Neto, demonstrou interesse na operação.

Há limitações como a diferença de bitolas dos trilhos no Mato Grosso, que é de 1,60 metros, com a de Santa Catarina, que é de um metro. Também seria necessário avaliar a estrutura existente, que é antiga, e ver os investimentos necessários.

Santa Catarina também teria que investir em estrutura de retirada do produto do trem para os caminhões.

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Sopelsa disse que inicialmente o ponto de transbordo seria em Lages. O custo vai ser definido em estudo técnico. O secretário de Agricultura do Estado, Moacir Sopelsa, disse que o governo do estado está disposto a auxiliar no que for preciso para viabilizar a alternativa ferroviária, pela importância do setor na economia catarinense.

Para o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Di Lorenzi, a vinda de milho por ferrovia seria importante para os criadores, pois possibilitaria acesso a um produto mais barato. Lages está bem localizada pois atenderia tanto os produtores do Sul, como do Oeste.