Responsável pela mobilização que levou às primeiras manifestações contra o preço das passagens, em 2013, o Bloco de Luta em Defesa do Transporte Público reuniu mais de 200 militantes na terça-feira à noite, em Porto Alegre, para debater suas reivindicações.

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Da discussão, a ideia é centrar o foco em três antigas demandas do Bloco de Luta, além da reivindicação pela redução da tarifa de ônibus para R$ 2,60: a qualificação da saúde pública, a destinação de 10% do PIB para a Educação e de 2% do PIB para investimentos em políticas de transporte público.

– Temos de ter lutas concretas. Não podemos correr o risco de cair no abstrato – analisa Lucas Fogaça, estudante da UFRGS e militante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel) e do PSTU.

O temor de uma parcela dos manifestantes é de que a multiplicidade de bandeiras leve a uma perda de foco, o que tornaria mais difícil o atendimento de pleitos junto aos governos.

– Se agregou uma oposição de direita ao governo, reacionária. Estão dizendo que a luta é contra a corrupção. Lógico que somos contra a corrupção. Quem é a favor? Não dá para ficar só no discurso da moralidade e da ética. É um discurso vazio. Não queremos ser manobra da direita, que quer transformar tudo em luta contra a corrupção e PEC 37 – diz Fogaça.

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O grupo afirma que é contrário a uma das reivindicações, a da redução de impostos. Para eles, os tributos são altos em certa medida, mas o pensamento é de que os “ricos” deveriam pagar ainda mais.

O Bloco de Luta ainda pretende questionar o governador Tarso Genro sobre a conduta da Brigada Militar, considerada agressiva pelos manifestantes. O grupo negou que tenha entregue uma pauta de reivindicações ao governador e ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati.