Perto de completar dois meses da deflagração da operação que descobriu um esquema de venda de carne vencida em Itajaí, nove pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público (MPSC). Entre os crimes apontados estão furto, receptação, formação de organização criminosa e comércio ilegal de armas. O processo tramita com sigilo na Justiça.
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A Operação El Patron foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 29 de janeiro. Segundo a investigação, o esquema incluía funcionários de uma empresa responsável pelo descarte de carnes vencidas e os donos de uma churrascaria.
A denúncia foi apresentada pelo MPSC no dia 22 de fevereiro. Na data dois suspeitos estavam presos preventivamente no Presídio de Itajaí. Eles seguem na prisão.
Os cinco funcionários trabalhavam na coleta das carnes com prazo de validade vencido em diversos supermercados do município. O produto seria processado e transformado em matéria-prima de biodiesel e ração animal. Contudo, o grupo furtava parte dos produtos e vendia para os donos do estabelecimento.
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Segundo o delegado Osnei Oliveira, o crime de furto qualificado foi atribuído aos funcionários da empresa. Contudo, os donos do local não tiveram participação no caso.
— Os donos não tinham participação. Inclusive as informações iniciais de suspeita partiram deles. A empresa tinha alguns funcionários envolvidos nessas práticas criminosas, mas os proprietários da empresa não participavam — contou Oliveira.
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Segundo a denúncia do Ministério Público, os responsáveis pela churrascaria sabiam da procedência do produto e mesmo assim vendiam aos clientes. Essa compra, que tinha valor menor do que o preço de mercado do produto, aconteceu diversas vezes, conforme apontou o MPSC. O grupo foi denunciado pela prática de crime contra a relação de consumo.
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As investigações apontaram ainda que dois funcionários e um dos donos da churrascaria faziam a comercialização de armas de fogo, acessórios e munição. Os três foram denunciados por comércio ilegal.
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