Um grupo suspeito de desviar bolsas de estudo destinadas a estudantes carentes de uma instituição privada foi alvo de uma operação da Polícia Civil na manhã desta terça-feira (11), em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. Nenhuma pessoa foi detida.
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Conforme a investigação, a prática ocorria na apropriação de valores de bolsas-pesquisas, que seriam direcionadas a estudantes carentes. Os investigados são funcionários da instituição, que oferece graduação e pós-graduação na forma presencial e híbrida, além do proprietário da unidade de ensino.
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A investigação teve início após alunos, que teriam sido contemplados com bolsas de pesquisa, perceberam que o benefício tinha valor superior ao da mensalidade ao acessar o sistema para assinatura dos recibos. Em alguns casos, por exemplo, a cifra superava 150% o preço do curso.
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Ao questionar a direção, os estudantes foram orientados a assinar os recibos — o que foi adotado por um período, segundo a polícia.
Também há relatos de estudantes que teriam realizado pagamentos das primeiras mensalidades e, quando obtiveram a bolsa, não foram contemplados com a devolução do dinheiro. Outras denúncias é de que funcionários teriam feito o contato com eles para ter acesso ao login dos alunos na plataforma da bolsa para assinar os recibos.
Só nos últimos três anos, segundo a polícia, o desvio foi de R$ 100 mil. O valor, entretanto, pode ser ainda maior.
Nesta etapa, batizada de “Bolsa Limpa”, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo uma instituição e três nas casas dos envolvidos. Foram recolhidos documentos, aparelhos eletrônicos e grande quantidade em dinheiro.
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Os suspeitos podem responder pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, apropriação indébita e associação criminosa. As investigações prosseguem afim de apurar novos detalhes do esquema.
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