Em um terreno escondido, em um bairro de Jaraguá do Sul, os voluntários do grupo Focinhos Carentes cuidam de 12 cães. Diariamente trocam a água, alimentam, limpam os dejetos e fazem uma limpeza geral aos sábados.

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Cada um dos cachorros que vivem ali são marcados por uma história triste e a maioria deles foram tirados das casas de duas pessoas, que tinham mais de 80 animais dentro de casa, cada um. Mas nenhum deles tem condições suficientes para manterem os bichos. Por isso o grupo vai tirando aos poucos os animais dessas casas, conforme conseguem novas famílias para os que já trouxeram para o canil.

O problema é que o terreno emprestado foi vendido há cerca de dois meses e o prazo para o grupo tirar os animais do local já expirou. Apesar de conseguirem uma nova área para o canil temporariamente, falta verba para comprar novos materiais, mão de obra e para manter os animais.

Segundo ela uma das voluntárias, Thinara Machado, em uma das casas que estão os animais diminui para cerca de 50 cães, na outra para 25.

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– Vamos trazendo os que mais precisam para o canil que tem mais espaço, comida adequada e conforme vamos doando trazemos mais – destaca Thinara.

Fora os 12 cães que estão no canil, outros 10 passam por tratamento no veterinário parceiro do grupo. O grupo Focinhos Carentes é recente, se formou quase sem querer no começo do ano, quando uma turma de conhecidos se mobilizou na rede social Facebook, para conseguir ração e doar para os dois moradores que tem os animais.

Com o tempo, outras pessoas se mostraram interessadas e por fim, resolveram dar um nome e novo enfoque para a equipe de voluntários. Hoje cerca de 30 pessoas trabalham voluntariamente dentro do Focinhos Carentes, com trabalhos e doações.

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– Nós percebemos que não conseguiríamos abraçar o mundo, por isso preferimos priorizar primeiro a ajuda para os cães que não vivem em boas condições na casa dos dois moradores que tentam ajudar como podem os bichos que encontram. Além disso tiramos alguns animais em estados mais lastimáveis da rua – afirma Thinara.

– Tentamos castrar, vacinar e vermifugar os que são possíveis – acrescenta.

Um dos problemas encontrados pelo grupo, conforme ela, é o descaso das pessoas com os bichos de rua e o costume de transferir o problema.

– Muita gente liga dizendo que tem animal na rua. Não é o nosso foco agora, mas nos mobilizamos e pedimos para a pessoa fique temporariamente, nem que seja em um pequeno espaço em casa, ou para ajudar com as vacinas pelo menos, mas ninguém se disponibiliza de verdade – critica.

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O canil tem 200 m², dividida em dois espaços para soltar os animais e 12 casinhas, que são protegidas por lona, na hora dos animais dormirem. A área custou cerca de R$ 5 mil, mas deste valor aproximadamente 2,6 mil foram saíram do bolso dos voluntários. O restante veio de doações.

– A pretensão é gastar menos quando sairmos. Queremos fazer um espaço para 24 animais – comenta outro voluntário,Thiago Mattana Sequinel.

Um terreno definitivo já foi comprado por três casais de voluntários, para o canil, mas só poderá ser construído no local no fim do ano. ??

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Aqueles que quiserem ajudar ou adotar um animal, podem entrar em contato com o grupo pelo e-mail: focinhoscarentesjaragua@gmail.com. Para ajuda financeira pode ser depositado na conta do Banco do Brasil, agência: 5238-8 e conta corrente: 6313-4.