Na tarde desta quarta-feira, em frente à Gerência Regional de Saúde, um grupo de diabéticos e parentes de pacientes protestou contra a falta de insulina em Joinville. A manifestação reuniu cerca de 30 pessoas e foi organizado pela Associação dos Diabéticos de Joinville (Adijo).

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– O que temos percebido em nossas conversas com os políticos é que há um despreparo, uma dificuldade em compreender a gravidade da doença. Chegaram a nos dizer: ¿vocês sabiam que insulina demais mata?¿. E eu pergunto: ¿e insulina de menos?”. Não pode faltar insulina – reclamou a mãe de um diabético e integrante da Adijo que preferiu não ser identificada.

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Ela diz que a falta do medicamento é bastante comum em Joinville – desde quando a responsabilidade da compra era da Prefeitura. Por isso, o grupo resolveu protestar logo que percebeu que não havia algum tipo de insulina. Quando o Estado não fornece o medicamento, as famílias precisam comprar.

– Quando falta, falta dois, três meses – argumentou.

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O grupo também reclama da burocracia exigida pelo Estado e da falta de médicos. De acordo com os manifestantes, o exame de renovação exigido a cada seis meses agora precisa ser feito com um médico do Sistema Único de Saúde (SUS). Antes, podia ser feito em qualquer laboratório. O problema é que, segundo os manifestantes, falta médico no SUS.

Atualmente, cerca de 1,2 mil pessoas em Joinville dependem do medicamento entregue na Farmácia-escola. Representantes da Adijo se reuniram na manhã desta quarta-feira e conversaram com o gerente regional de saúde, Henrique Deckmann. Em entrevista ao AN, ele afirmou que ainda está buscando informações sobre o assunto e se organizando para resolver o problema da melhor maneira possível. Sobre as reclamações dos manifestantes em relação à burocracia, ele alegou que são diretrizes do Ministério da Saúde.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que está em conversa com a Prefeitura sobre o fornecimento de insulinas. A SES também afirmou que fornece quatro tipos de insulina de forma judicial: Insulina Asparte Novorapid frasco 10 ml; Insulina Asparte Novorapid refil 3 ml; Insulina Glargina refil 3 ml; e Insulina Glulisina caneta descartável 3 ml (Apidra Solostar).

Com relação à lei aprovada pela Assembléia Legislativa, em abril, que trata da distribuição gratuita de análogos da insulina, sob responsabilidade da SES, a mesma está sendo questionada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Enquanto isso, a SES já se colocou à disposição do município de Joinville para auxiliar no procedimento de compra dos análogos. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Joinville informou que não vai se posicionar.

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