A prisão em Penha ocorreu pouco mais de uma semana depois de a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) assumir a investigação dos 51 ataques a caixas eletrônicos com o uso de explosivos registrados em SC desde janeiro do ano passado.
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Acompanhe as doze horas de ação policial
O secretário de Segurança Pública, César Grubba, reconheceu que o bando detido ontem é apenas um dos que vêm agindo no Estado.
– São quadrilhas, ações e armamentos diferentes. É o primeiro passo de uma caminhada.
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Assustados, sujos e com sangue e terra nas roupas, Ailton dos Santos Fonseca, Daziel Scheneider de Oliveira e Fabrício Chaves Barreto foram apresentados na manhã de quarta-feira, na Deic.
Na frente deles, uma mesa com 15 bananas de dinamite – que serão desativadas – , quatro pistolas .380, sendo duas enferrujadas, uma espingarda Winchester .22, uma balaclava, celulares, um colete à prova de balas e isqueiros.
Ailton disse morar na região metropolitana de Curitiba e que tem passagem por porte ilegal de arma. Fabrício afirmou ser pintor de paredes e que está há pouco mais de um mês em liberdade, após cumprir pena por assalto em Itajaí.
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Daziel contou que trabalha com decoração em Maringá (PR) e que seria réu primário, mas a polícia informou que ele também tem passagem. Daziel revelou que o convite para participar do assalto foi de Veridiano, morto na ação.
O diretor da Deic, delegado Claudio Monteiro – que comandou a operação junto com o titular da Divisão de Furtos e Roubos da diretoria, delegado Diego Azevedo – confirmou que a quadrilha participou do ataque ao caixa no supermercado Comper, na Capital, no fim de semana passado, o primeiro registrado na cidade.
O grupo será indiciado por furto qualificado, tentativa de homicídio contra os policiais, formação de quadrilha e posse de explosivos.
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– Eles são de alta periculosidade. Os ataques não vão parar, tem gente que ainda está solta, se especializando. As investigações continuam – garantiu o delegado Monteiro.