Grupo neonazista de SC recrutava jovens de outras células

O grupo neonazista de Santa Catarina recrutava jovens já radicalizados, pertencentes a outras células criminosas. Segundo a Polícia Civil, os possíveis integrantes eram convidados pela internet e em encontros presenciais. As informações são do g1 SC.

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp 

Dez pessoas foram presas por suspeita de integrar esse grupo skinhead neonazista — oito delas em São Pedro de Alcântara no ano passado e outras duas na última quarta-feira (29) em Caxias do Sul (RS). 

A prisão na cidade da Grande Florianópolis ocorreu após uma denúncia anônima. Todos os 10 presos, segundo a polícia, estavam no sítio. Os dois detidos no Rio Grande do Sul tinham ido embora antes da Polícia chegar ao local. 

A dupla foi presa temporariamente e também foi alvo de mandados de busca e apreensão. Eles foram indiciados por racismo e por integrarem uma organização criminosa. 

—  Esse grupo possui um sistema mais rigoroso de recrutamento. Fazem contato pessoais ou pela internet, mas para que façam parte do grupo tem que ter uma certa convivência, uma certa confiança e  serem aprovados por unanimidade. Eles possuem um estatuto que tem que ser respeitado e um certo período que devem passar — explicou o delegado Arthur de Oliveira Lopes, da delegacia de repressão ao racismo e a delitos de intolerância, ao g1 SC. 

Grupo era braço de neonazistas internacionais 

O grupo é apontado pela Polícia Civil de Santa Catarina como a “filial” brasileira de uma organização supremacista internacional. 

O grupo internacional de supremacistas ao qual a polícia se refere surgiu nos Estados Unidos nos anos 1980. Ele se expandiu pelo mundo nas décadas seguintes e recebeu propaganda de bandas de rock, que pregavam o ódio racial em suas letras. 

Leia também

Neonazistas de SC eram “filial” brasileira de organização internacional de supremacia branca

Veja o que se sabe sobre a morte da brasileira que caiu do sexto andar de prédio na Argentina