Jaraguá do Sul é conhecida como uma cidade altamente industrial. Entretanto, um dos principais cartões-postais locais é o Parque Malwee, que faz parte de um projeto de preservação ambiental da empresa. No mês passado, o Grupo Malwee recebeu o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC na categoria preservação ambiental por preservar cerca de cinco milhões de metros quadrados de áreas verdes.

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Ao todo, são quatro áreas de preservação ambiental, três em Jaraguá do Sul e uma na cidade de Rio dos Cedros. A mais popular é o parque, que completa 37 anos de existência em 2015, mostrando que a preocupação com a conservação do meio ambiente e a política sustentável são tratadas pelo Grupo Malwee há bastante tempo. O parque tem cerca de 1,4 milhão de metros quadrados de área verde nativa, em meio à mata atlântica.

Segundo a gestora de sustentabilidade do Grupo Malwee, Taise Beduschi, o espaço conta com 16 lagoas, mais de 35 mil árvores e uma infinidade de espécies de animais. Seu diferencial é ter se tornado um ponto turístico referência para todo o Estado de Santa Catarina.

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Outro ponto conhecido é o Pico Malwee, com 1,4 milhão de metros quadrados de área verde, mantido para fins de conservação ambiental. O objetivo desses espaços é a garantir a manutenção da biodiversidade local e de nascentes de água.

Um dos destaques é a Reserva de Fontes e Verdes. Taise conta que ela foi averbada em 2011 e tem uma área aproximada de 1,3 milhão de metros quadrados e abrange os municípios de Jaraguá do Sul e Rio dos Cedros.

– A reserva é responsável por preservar florestas e 21 nascentes integrantes da microbacia do rio Jaraguá, em uma altitude de até 700 metros. Assim, contribui para reduzir as pressões diretas sobre a biodiversidade e promover o uso sustentável do local, além de melhorar a situação da biodiversidade, protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética, assegurando a perpetuidade de uma área praticamente intocada, onde foram encontradas diversas espécies de animais e plantas, entre elas, algumas ameaçadas de extinção.

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O segundo espaço aberto à comunidade é a Península Palmeiras, em Rio dos Cedros: com 800 mil metros quadrados, tem camping e chalés disponíveis para os colaboradores do Grupo Malwee.

Segundo Taise, as ações de preservação surgiram junto com o criador do grupo, Wolfgang Weege. Um passo à frente do seu tempo, Taise destaca que ele sempre teve o compromisso com o meio ambiente. Weege tinha o entendimento, segundo ela, de que os recursos naturais são essenciais para qualquer tipo de atividade industrial e para toda a sociedade, e esse posicionamento foi repassado para as outras gerações.

Produtos

Além das áreas verdes, o Grupo Malwee investe em medidas sustentáveis na fabricação de seus produtos. Para 2020, a empresa busca a redução de consumo de energia, água e produção de resíduos.

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Em 2008, o grupo lançou a “malha pet”, com contador que monitora o número de garrafas retiradas da natureza em função do consumo de matérias-primas. Hoje, são mais de 16 milhões de garrafas retiradas da natureza. A expectativa é chegar a 20 milhões até o final de 2015. A simples substituição das sacolas plásticas tradicionais por sacolas oxibiodegradáveis começa a fazer a diferença, de acordo com Taise.

Ainda na década de 90, o grupo começou a realizar a coleta seletiva, instalação de um aterro industrial monitorado e a primeira troca de matriz energética de óleo para gás natural. A partir de 2003, a empresa aperfeiçoou o sistema de tratamento de efluentes e instalou o reúso de água no processo produtivo, entre outras medidas sustentáveis.