O grupo islamita Abu Sayyaf é suspeito de ter assassinado uma alemã e sequestrado seu companheiro no mar diante da costa sul das Filipinas, anunciou nesta segunda-feira o exército filipino.

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Um comandante da organização, que extorquiu milhões de dólares sequestrando estrangeiros e que há pouco tempo matou dois reféns canadenses, reivindicou a responsabilidade por este último ataque, indicou à AFP o porta-voz regional do exército, Filemon Tan.

As autoridades filipinas encontraram o iate do casal. A bordo acharam o cadáver de uma mulher branca, que estava nua e havia sido baleada.

Um comandante islamita reivindicou o ataque em uma gravação, na qual também era possível ouvir o refém alemão. O sequestrado disse ser Jurgen Kantner, de 70 anos, e declarou que sua companheira se chamava Sabine, segundo Tan.

Aparentemente os alemães já haviam sido vítimas de sequestradores em 2008, quando piratas somalis os capturaram no golfo de Adén e os detiveram por 52 dias.

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A AFP entrevistou o casal em 2009, e Jurgen Kantner disse na ocasião que jamais pararia de navegar.

“Meu barco é minha vida e não quero perdê-lo, isso é tudo. Não me importam os piratas ou os governos”, declarou ao voltar à Somália para recuperar sua embarcação, o Rockall.

A bordo do iate, Tan disse ter encontrado passaportes em nome de Kantner e Merz. A identidade da vítima ainda deve ser confirmada, mas a fotografia do passaporte parece ser dele, acrescentou.

Abu Sayyaf, sediado no sul das Filipinas, jurou lealdade à organização extremista Estado Islâmico (EI).

Sobreviveu a mais de 10 anos de ofensivas do exército filipino apoiadas pelos Estados Unidos e, nos últimos anos, realizou uma lucrativa campanha de sequestros.

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Em 2014, o grupo islamita sequestrou outro casal de alemães em seu iate no sul das Filipinas. O grupo os soltou seis meses depois, após declarar ter recebido os 250 milhões de pesos exigidos (5,12 milhões de dólares).

Na semana passada, a embaixada dos Estados Unidos alertou que os extremistas planejavam sequestrar turistas estrangeiros no centro das Filipinas, a 500 km de seu habitual raio de ação.

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