A famosa cadeia espanhola de centros comerciais “El Corte Inglés” anunciou, nesta quinta-feira (29), uma associação com o gigante chinês da venda pela Internet Alibaba.

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No âmbito deste acordo, “El Corte Inglés”, cujas lojas estão presentes apenas em Espanha e Portugal, venderá seus produtos em todo o mundo por meio das plataformas do Alibaba, como Tmall e AliExpress.

O site de comércio on-line AliExpress, que pertence ao Alibaba Group, desenvolverá “espaços físicos” nos centros comerciais da “El Corte Inglés” com o objetivo de criar “novas e atrativas experiências de venda” e conquistar o mercado espanhol.

Os clientes do AliExpress também poderão receber seus produtos comprados na Internet nesses centros.

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“El Corte Inglés” também contará com todas as “soluções tecnológicas concedidas pelo Alibaba Cloud”, como a análise de dados para orientar “a tomada de decisões empresariais em tempo real” ou a inteligência artificial para personalizar a oferta das lojas da cadeia espanhola.

“Esperamos unir nossas forças para oferecer aos consumidores na China e ao redor do mundo os melhores produtos e experiências”, afirmou Rodrigo Cipriani Foresio, diretor do Grupo Alibaba para Espanha, Portugal, Grécia e Itália.

Dimas Gimeno, ex-presidente da “El Corte Inglés”, já aspirava a aproximar posições com o gigante chinês das vendas on-line, e pretendia que o grupo operasse na Bolsa.

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Mas a sua estratégia não agradava parte da família proprietária da “El Corte Inglés”, que o retirou do cargo em junho e o substituiu por Jesús Nuño de la Rosa, homem de confiança de Marta e Cristina Álvarez, filhas adotivas de Isidoro Álvarez, chefe histórico da grupo criado em 1940 em Madri.

Enfraquecido por uma dívida significativa, o grupo registrou no ano passado um faturamento de 15,9 bilhões de euros (+2,8% em um ano) e um lucro líquido consolidado de 202 milhões de euros de (+24,9% em um ano).

* AFP