Grupo encontra 72 tartarugas-verdes mortas no Litoral Norte de SC

Um grupo de pesquisadores que monitora espécies marinhas em Santa Catarina encontrou 72 tartarugas-verdes mortas no Litoral Norte do estado ao longo do mês de junho. As causas prováveis dos óbitos são captura por rede de pesca, interação com lixo, colisão com embarcação e agressão.

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Foram achadas 32 delas nas praias de São Francisco do Sul. Em Itapoá, o número chegou a 30. Já os outros dez animais foram vistos na faixa litorânea que vai de Balneário Barra do Sul a Araquari.

As informações foram divulgadas neste sábado (8) pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) Univille, que faz o monitoramento das praias, o atendimento veterinário aos animais vivos e a necropsia dos bichos encontrados mortos de Araquari a Itapoá.

Causas prováveis

Durante a investigação sobre a causa da morte das tartarugas, os pesquisadores encontraram resíduos de plástico no estômago e intestino de parte delas. Outros animais tinham marcas visíveis de interação com apetrechos de pesca, com o pescoço inchado por conta de estrangulamento.

Uma tartartuga foi encontrada sem a carapaça, o que revela o indício de remoção do casco. Segundo a legislação brasileira, o ato pode ser caracterizado como crime ambiental.

O PMP-BS comunicou que o cenário de animais mortos se repete a cada ano e que, entre as principais ameaças às populações de tartarugas marinhas, estão a captura acidental e a poluição dos oceanos.

Tartaruga de “Procurando Nemo”

A tartaruga-verde é da espécie Chelonia mydas, a mesma que aparece cruzando os oceanos no filme de animação “Procurando Nemo”. Na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), ela aparece sob perigo de extinção.

A população de tartarugas-verdes que habita a Baía Babitonga, no Litoral Norte de Santa Catarina, é de indivíduos jovens, com a carapaça entre 30 a 50 centímetros. Nesta fase, elas se alimentam de algas, são herbívoras e raramente são vistas em alto mar.

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